(com Matheus Verne)
Me embreaguei,
Voltei trôpego,
Quase sem fôlego,
Pelas ruas estreitas da quebrada.
Muitas coisas na cabeça,
A principal, gratidão,
Me encontrei,
Mesmo que em silêncio,
Com uma pá de irmão.
Teve palma,
Teve música e batucada,
Sorrios, encontros,
Conversas, muita risada
E a poesia... Foi a dama da noite,
Veio em forma de lua,
Trauzida em palavras,
Eu a via naquela rua...
E era bela...
Coloria cada canto de cada viela,
E enchia e som.
Me embraguei,
Voltei trôpego,
Quase sem fôlego,
De tanta poesia.
O sarau é na Brasa,
Da brasa,
É brasa que nunca se apagará.
Quando chego em meu repouso,
Com meu peito cruento,
Sinto falta do sarau,
Daqueles lindos momentos
E logo penso,
Mas êta tambor,
Cheio de amor vai levando os poetas,
Da zona norte á Salvador.
E a cada batida do surdo,
Minha alma pulsa,
Me arrepio aos ruídos,da nossa macumba,
Me fascino com a resistência das mana perifa,
E acompanho com palmas no ritmo da poesia.
Dos vossos terreiros a brasa nunca vai se apagar
Porque se não tem brasa,
Tem pedras pra lascar
Que nos blindam e fortificam poesias a traficar
E na biqueira literária,
Com muito amor muitos vão se informar.
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Rima Popular Periférica
PoésiePoesias, rimas ou RAP escrito, chame como preferir. Neste livro trato de racismo, machismo, homofobia, intolerância e, acima de tudo , empoderamento!