Justiça seletiva,
Tipo caolha,
Exerga o crime de alguns,
Mantém outros numa bolha.
Pra favela é policia, viatura, até caveirão,
Mas pago pra ver,
Se um boy sabe ao menos soletrar camburão.
Por que pobre que prospera,
Tá dirigindo mal, indo na contramão.
É caolha ou se faz?
Responda-me, se for capaz.
Vai depender, muito, do dinheir,
E quem puder lhe dar mais.
Pros azuis,
Acalento!
Pros vermelhos,
O arrebento,
Através de um juiz,
Que agora é a diva do momento.
Tem uns que acham isso besteira,
São os mesmos anti-corrupção,
Que batem panela e fecham a paulista,
Vestidos com a camisa da seleção.
Pra alguns a borracha apaga,
Pra outros ela marca.
Marca pele, marca alma...
Sem calma, mas com força no movimento,
Sem choro, Selfie e nem arrependimento.
Tá na hora né?
De diferenciar o alface do repolho.
Veja! (do verbo ver)
Abra seu outro olho,
Enxergue o todo,
Justiça Caolha.
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Rima Popular Periférica
PoesíaPoesias, rimas ou RAP escrito, chame como preferir. Neste livro trato de racismo, machismo, homofobia, intolerância e, acima de tudo , empoderamento!