Capítulo 24 - O Espelho

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Pov Nayelly

Durante o final da tarde, fui a enfermaria novamente. Nathália tinha dito a verdade: ela realmente foi dormir. Mas não podia dizer o mesmo de Marina

Quando abri a porta do quarto dela, vi que ela estava na sua cama, usando aquela camisola de hospital branca. Tinha uma bolsa de soro ao lado de sua cama. Ao lado, uma bandeija com um café e um pedaço de bolo de chocolate.

Era até inegável dizer que Marina estava feia, pelo contrário. Ela estava tão linda como sempre. Sua cascata de cabelos louros e volumosos ao longo dos ombros em ondinhas. Sua meiguice transparecendo em seu rosto santo. Sua pele clarinha. E não estava sozinha...

Quando tinha enfiado a cara pra dentro do cômodo, vi que estava de mãos dadas com um garoto desconhecido. Ambos sorriam um para o outro.

Não podia negar que o tal era bonito. Quer dizer, ele não parece um deus! Mas, bom, olhando bem, ele até que era fortinho. Tinha cabelos castanhos escuros, pele branca e os olhos, além de terem a mesma cor do cabelo, eram...penetrantes e hipnotizantes

Quando ambos se viraram para mim quando abri a porta, fiquei meio confusa do que fazer.

— Err... — tentei dizer —...desculpe, eu volto outra hor...

— Nay! — alegrou-se Mari — Eu estava te esperando o dia todo! Vem cá! Quero saber como foi lá no Oráculo

Então, como não pudia mais fugir, entrei e fechei a porta. Me sentei numa pontrona próxima, ainda meio tímida

— Então...hã... parece que as notícias correm rápido por aqui — pensei alto

— Nath me contou que vai sair a uma missão amanhã. Que legal! Pena que não poderei ir... — então viu que eu estava com um olhar confuso ao garoto ao seu lado — Ah! Nayelly, este é meu amigo Matthew. Ele é um filho de Hefesto e para mim, é o melhor

— Ah para com isso Marina — ele coçou a parte de trás da cabeça, meio corado com o elogio. Achei o gesto muito fofo — Eu só faço o meu trabalho e...

— Mas você não é? — argumentou ela, erguendo uma sobrancelha com um olhar desafiador

— Já ouvi falar de você! Nath me contou — falei, para deixar o ar mais leve ali

— O que Nathália contou?! — ela perguntou desesperada a mim

— Ah, nada de mais. Só disse que vocês são amigos — e cheguei mais perto para sussurrar — Eu aprovo

Mari ficou vermelha de vergonha. Devo imaginar o que ela deve estar pensando, enquanto Matthew ficou sem entender

Depois disso, contei a eles sobre tudo. Falei a profecia que continua gravada a minha cabeça. Disse sobre a Coruja Dourada que  que recupera-lá e traze-la para o acampamento, sem que caía em mãos erradas

— Já tinha ouvido falar da Coruja — falou Mari — Era umas das "relíquias" dos filhos de Atena. Mas, se me lembro bem, à décadas que não a encontram. Acha mesmo que terá sorte?

— Quiron e Annabeth me disseram que as Caçadoras sabem onde estar — respondi — Então, teremos uma como guia nessa viagem

— Vão ir quantos meninos nesta missão? — perguntou Matt

— Acho que só 2. Percy Jackson e Bruno Mitchell — falei

— É que Caçadoras — continuou Mari — não se dão tão bem com os campistas. Com garotos campistas? Vish...

— Mas pode ser que está seja mais gentil com todos — sugeriu ele — Tem algumas que são. Espero que Ártemis mande uma dessas. Bruno quando está com raiva, é meio.... explosivo

Uma Nova Semideusa (LIVRO III) Onde histórias criam vida. Descubra agora