Mensagem - Christopher Velez

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— Mulher traída é igual o capeta com raiva. - comenta Flynn enquanto caminhamos pela calça. — La reina Shakira pisou com vontade na garganta do feioso do Piqué.

— Acho que a raiva dela nem é pela traição. - digo. — Mas sim pela geleia que ele deixou a outra comer.

— Tem duas coisas minhas que não gosto que mexam. Meus livros e minha comida.

— Tenho uma lista, mas a comida está no topo dela.

Chegamos em nosso destino. A escola.

Flynn como filha do diretor é bastante conhecida, então é comum alguém passar por nós e cumprimentá-la com fizeram enquanto caminhamos em direção a um dos banco vazio.

Erick, o novato, que acabou virando nosso amigo, se junta a nós minutos depois.

— Como que eu faço para entrar para o time de futebol? - pergunta ele depois de eu perguntar o que ele está achando da escola.

— Acho que você tem que fazer o teste. - explico, já que Flynn está ocupada mexendo no celular. — Geralmente as datas dos testes saem na página no Instagram, então é bom você dar uma olhada lá. - aconselho.

— Meu pai enchendo o meu saco com esse assunto de futebol. Na minha antiga escola eu fazia parte do time, mas era da reserva.

— E por quê? - pergunta Flynn. — E por que não era do time titular. - agora ela olha para ele.

— Eu gosto de jogar, mas isso é mais coisa do meu pai. Eu gosto mesmo é de música. - conta ele.

— Você canta? - pergunto.

— Sim. - responde.

— Acho que achei o meu parceiro no karaokê. - digo batendo em seu ombro. — Digamos que eu também gosto de cantar.

— Gostar e saber cantar são coisas bem diferentes. - diz Flynn e a olho feio. Erick ri.

— Você tem é inveja do meu talento.

— Que talento, meu amor? - ela toca meu queixo e dou um tapa em sua mão. — Veja, eu digo que eu e Manuel Turizo somos um casal, mas esse relacionamento só acontece na minha cabeça e nas fanfics que leio. O mesmo se passa com você, seu talento na música só existe na sua cabeça.

— Pra que inimigos se tenho você como melhor amiga?

— Estou aqui para te dizer a verdade, você gostando ou não.

— Vocês são engraçadas. - diz Erick rindo.

— Tá mais para malucas. - digo e Flynn me abraça.

...

Ao som de Una Lady Como Tú me sento na arquibancada. Flynn e Erick estão participando da partida de queimada, cada um está em um time e o melhor é ouvir a provocação um do outro.
Por sorte a participar da partida era opcional e como não estava muito afim de jogar, optei por ficar observando.

O time de Erick comemora quando a bola acerta uma garota do time da Flynn bem na cabeça o que dá a vitória para o time de Erick.

— Sua sorte é que não em um bom dia. - diz Flynn enquanto desaba ao meu lado. Erick senta no degrau abaixo.

— Isso é desculpa. - diz ele.

— Ok, crianças, já chega. - diz colocando um fim na discussão dos dois.

Outra partida começou, porém os dois não quiseram participar.

— Podemos tirar uma foto nós três? - pergunta Erick pegando o celular.

— Claro! - Flynn e eu falamos juntas. Ele drsbloqueia o celular e tiramos uma selfie.

— Se postar no Instagram marca a gente. - digo e ele balança a cabeça concordando.

...

— Uma pergunta.

— Lá vem. - viro-me para olhar para Flynn.

— Você e o Christopher já mandaram nudes um para o outro?

— Claro que não!

— E por que não?

— Porque não! - digo seria. — Não costumo mandar foto das minhas partes íntimas para cara que nem conheço.

— Christopher tem cara de quem manda nudes para moças desconhecidas.

— Ai é problema dele. - digo. — Eu que não faço isso.

— Não faz o que? - pergunta Erick se juntando a nós.

— Mandar nudes. - responde Flynn sem um pingo de vergonha na cara. — Você manda?

— As vezes, mas só para alguma garota que estou saindo. Você manda? - ele pergunta para Flynn.

— Uma vez ou outra, mas só para os caras que eu conheço.

— Vocês notaram o quanto isso é estranho? - digo chamando a atenção dos dois. — Tanto assunto legal para conversamos.

— E nós aqui falamos do pau do Christopher. - diz Flynn.

— E quem é Christopher? E por que vocês estão falando do pau dele? - pergunta Erick.

— Christopher é um carinha que a Lana manda mensagem.

— Ei, Lana, safadinha! - ele belisca minha bochecha.

— Para sua informação, não é esse tipo de mensagem. E outra coisa. Não estávamos falando do pau de ninguém. - digo irritada. — Eu em! Vocês vê malícia em tudo.