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Com Girls Just Want to Have Fun quase no último volume, paro em frente a casa de Christopher. Desligo a música e pego meu celular, mandando uma mensagem para ele avisando que estou a sua espera.

— Olá! – diz ele logo depois de beijar meu rosto. — Desculpa te fazer vir até aqui. – Coloca o cinto e dou partida no carro.

— Sem problema. – digo de forma gentil. — Alguma ideia de onde suas chaves forma parar? – pergunto.

— Tenho quase certeza que está em um dos bolsos de alguma das minhas calças, mas qual eu não sei.

Christopher liga o rádio e antes que eu possa alertá-lo a música que estava ouvindo antes volta a tocar.

— Eu gosto dessa. – diz ele, mas por causa da música alta não consigo entendê-lo. Abaixo o volume.

— O que foi que você disse? – pergunto.

— Eu gosto dessa música. – Repete e logo em seguida começa a cantar.

Já sabia que ele cantava, mas nunca tinha ouvido pessoalmente e agora posso dizer com convicção de que a voz dele é linda. Tão afinada que parece nem parece que é ele mesmo que está cantando.

24k Magic começa a tocar e mesmo não tendo uma voz tão maravilhosa e digna se ser ouvida por outra pessoa, cantarolo. Bruno Mars é meu ponto fraco e por mais que eu tente, não consigo não cantar suas músicas.

Christopher e eu cantamos com animação e rimos quando um carro passa por nós e as duas crianças que estavam no banco de trás nos encara.

— Então, qual é filme que vamos assistir? – pergunto a ele minutos depois.

— Não sei. Alguma sugestão.

— Como te disse antes, não sendo terror por mim pode ser qualquer um.

— O que acha de assistirmos um de comédia?

— Pode ser. – concordo.

...

Depois de pegar as coisas de comer, seguimos para a sala.

— Por que você pegou na última fileira? – pergunto me acomodando no lugar escolhido por ele.

— Ah, você é um pouco baixinha e fiquei com medo de não conseguir ver a tela. – diz rindo e lhe acerto um tapa no braço. — Essa doeu. – diz ele passando a mão onde lhe acertei.

— Foi mal. – me desculpo. — Não sabia que você era tão sensível assim. – brinco.

— Só te desculpo se me der um beijo. – diz ele e agradeço por estar escuro o suficiente para ver o meu rosto, que provavelmente está vermelho de vergonha.

— Porque você não cala essa boca e presta atenção no filme. – aponto para a tela, pode o filme já está passando. Ele rir e depois aproxima sua boca perto do meu ouvido.

— A proposta do beijo ainda está de pé. – ele sussurra.

Deixamos a sala assim que o filme termina. Fico surpresa quando Christopher segura a minha mão no corredor e assim seguimos em direção a saída.

— E ai, gostou do filme? – pergunta ele passando o braço por cima dos meu ombros.

— Pelo pouco que vi, até que foi legal. – digo. Depois de tanto resistir, no meio do filme acabei cedendo e fiz o Christopher queria. Eu o beijei e passamos boa parte do filme nos beijando. Posso dizer que não foi uma decisão tão ruim assim, já que ele beija muito bem, diga-se de passagem. — E você? – pergunto e noto que ele está olhando para trás.

— Faço as suas palavras as minhas. – ele diz. Paramos de andar e ele me vira de frente para ele, me beijando logo em seguida. — O que quer fazer agora? – pergunta olhando mais uma vez para trás.

— O que foi? – pergunto me virando para ver o que ele tanto olha.

— Não é nada. – ele diz sorrindo. Uma pessoa, quer dizer, uma garotinha parece no meu campo de visão. É aluna dele que também é ex-cunhada, ela não está sozinha, tem uma moça com ela. As duas conversam e pelo jeito que Christopher olha para ela, imagino que sua ex-namorada.

Agora entendo o porque do beijo e ficar tão próximo de mim.

— Acho melhor ir para casa. – digo voltando a andar. Estava muito bom para ser verdade e o clima que eu achava que tinha, já não está aqui mais. A única coisa que mais quero é ir para casa e me deitar na minha cama e assistir alguma coisa na Netflix.

— Lana, eu posso... – ele tenta falar, mas não o deixo terminar.

— Não precisa. – Digo e continuo a caminhada.

Diferente da vinda, a ida e feita em total silencio. Christopher chegou a ligar o rádio, mas desligou minutos depois, quando viu que não iria aditar.

— Quando chegar em casa, me avisa. – diz ele ao abrir a porta.

— Ok. Boa noite - ele beija meu rosto e desce.

Mensagem - Christopher VelezOnde histórias criam vida. Descubra agora