Os sons misturados das sirenes causavam um estardalhaço na tarde chuvosa.
Veículos abriam caminho e às vezes precisavam desviar abruptamente para não colidirem.
Buck estava dirigindo à toda velocidade enquanto perseguia o veículo à sua frente.
Seguiu direto pela avenida principal, buzinando, e às vezes até arrancando o espelho retrovisor de alguns carros que não davam passagem direito.
Seus olhos estavam arregalados e suas pupilas extremamente dilatadas. Seu nível de adrenalina fazia pulsar uma artéria no pescoço.
O veículo virou inesperadamente num cruzamento à esquerda e Buck o seguiu.
– PIIN, identifique o padrão e me diga pra onde ela está indo!
Seu telefone estava acoplado num suporte no painel da viatura e uma voz feminina respondeu seu pedido:
"A direção sul pra onde ela está dirigindo leva à via de trânsito rápido."
– Não, droga! – Rosnou Buck – onde está o reforço?
Depois que Joseph assinou a autorização digital para que PIIN se conectasse ao smartphone de Buck, ele havia traçado uma rota até Sullivan. Mas quando ela o viu, arregalou os olhos e conseguiu fugir, desencadeando uma perseguição que já levava horas, até ela roubar um carro e dirigir que nem uma louca a ponto de colidir com alguém e causar algum acidente.
Buck estava quebrando as regras da Agência ao usar PIIN para auxilia-lo sem o consentimento de seus superiores. Mas não havia tempo para formalidades, e Sullivan parecia ser a mente por trás de todos os ataques da RIFT desde seu princípio, há dois anos.
Se Buck a pegasse, ela o entregaria toda a sua rede. Todos os envolvidos. Incluindo o paradeiro de Craig O'Donnel – o técnico que matou a equipe do doutor Thomas Casey.
Buck buzinou mais freneticamente. Precisava pega-la antes que chegasse à via de transito rápido. Uma avenida larga, fora do horário de pico, e sem semáforos! Ela não podia chegar até lá.
Os veículos desviavam dele, e até ouvia xingamentos quando passava por alguns motoristas raivosos. Buck, de repente, escutou sirenes vindo da esquerda.
O reforço veio!
Com certeza eram mais viaturas policiais para auxilia-lo.
Sentiu uma pontada forte de esperança de que ela seria impedida de chegar à via de transito rápido.
Mas esqueceu-se também, por um segundo, de que Sullivan também teria ouvido as sirenes em seu encalço.
Suas suspeitas se confirmaram quando ela, abruptamente, virou para a direita numa manobra que riscou a pista e, cantando pneu, seguiu direto.
– PIIN, rápido! Pra onde ela vai?
"Leste. Em um quilômetro está a passagem da linha ferroviária."
"Galpões". Pensou Buck.
Havia um enorme aglomerado de galpões desativados de uma antiga fábrica de farinha de trigo.
Toda a segurança do lugar era uma cerca enferrujada com arame farpado em cima. Mas lá dentro seria um ótimo lugar pra se esconder.
Os galpões estavam entregue às moscas há vários anos. E haviam inúmeros esconderijos em suas dezenas de repartições repletas de maquinários, complexo administrativo, banheiros, etc.
Seria difícil encontra-la ali. E somente fazendo um cerco em volta de toda a propriedade é que poderia ter chance de tira-la de lá.
Buck acelerou um pouco mais arriscando fundir o motor na esperança de alcança-la.
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Transcendence (Fanfiction History)
FanficO mundo não é mais o mesmo. Estamos vivendo o despertar de uma Era onde a ciência discute a possibilidade de viagens no tempo, singularidade, dimensões paralelas e buracos de minhoca que atravessam universos inteiros. Durante a Inquisição Espanhola...