Amor e Ódio

capítulo 62

Escutem essa música porque estou viciada e acho que combina muito com o cap

Grego on

Eu já não aguentava mais, há dias que eu tenho vontade de ir atrás da Heloisa e fazer o caralho a quatro por ela, mais sei que não é o melhor a se fazer. Quem diria que um dia uma mulher iria fazer tanta falta em minha vida, me deixando louco, as vezes acordo e olho pro lado da cama para ver se a encontro e tudo isso não passar de um pesadelo no qual não consigo acordar. Meu único amigo são as drogas e as bebidas, não se passa um dia no qual eu não as uso, minhas maiores companheiros. A única coisa em que eu pensava era nos momentos em que passávamos juntos se pegando por toda a casa, dos beijos até os tapas que me dava quando estava brava. Que saudade da minha dona encrenca.

O coração dispara tropeça, cai de cara no bueiro e ali se fode inteiro. Minha mente cantava e eu ria pra não chorar, ria de desespero porque é assim que me sentia. Hoje eu estava andando de moto igual louco pela quebrada quando vi Heloisa saindo da casa  da minha mãe e eu juro que não estava lá com uma cara muito boa, digo isso com certeza porque eu não estava drogado, ainda nao. O dia estava se pondo então resolvi ir pra praia, o único lugar no qual eu não precisava me drogar para fugir dos problemas.

Chegando lá tudo uma foto e em vez de postar fico analisando ela e comparando com uma foto na qual eu estáva drogado. Eu estava tão diferente entre as duas fotos.

Eu estava sentado na praia vendo o mar quebrar quando de longe eu vejo aquele anjo comprando água de Coco e olhando pro mar, eu sabia que era ela porque sonho com ela todos os dias desde que ela se foi. Minha vontade era ir até ela, pega lá nos braços e sair correndo com ela nos meus braços e só parar quando estivéssemos na casa do lago onde eu fiz a melhor surpresa da vida dela fazendo dela a minha dama, mais ela parecia estar cheia de problemas e eu não queria ser mais um e estragar a sua noite já que estraguei toda a sua vida ao meu lado.

Ver ela ali, com o olhar pensativo olhando pro mar bebendo sua água de Coco foi o suficiente para me deixar extasiado, eu conseguia sentir o gosto do seu beijo, o toque do seu abraço e a sensação gostosa que só ela e apenas ela era capaz de me dar. O prazer e a prioridade, a ajuda e  tranquilidade de ela me proporcionava. Os pensamentos vinham em câmera lenta me deixando com saudades de todos os momentos que passamos juntos e vendo que eu fui um ser desprezível ao perder uma mulher tão incrível como ela que me deu uma família na qual estraguei,  me deu um amor que achei que nunca seria digno de ter e quando tive não sei valor. Eu estava pagando o preço por isso, mas  queria  me reconciliar ela e a recompensar de todas  as formas, endeuza  lá e mostrar a todos o quanto essa mulher  é incrível.

Ela já estava a horas ali sentada, sem falar com ninguém apenas mantendo o olhar fixo no mar, quem passa ficava encantado com ela e a luz da lua só a deixava mais linda. Até que ela se  mexeu me fazendo se assustar, abaixou a cabeça e saiu dali. E mais uma vez eu falhei com ela, fui fraco e não pude fazer a diferença na vida dela e nem na minha, eu me sentia tão impotente que chegava a me dar raiva.

Me levando e vou para casa, dirijo meu carro sem sair por aí como um louco como faço ultimamente. Como pode uma mulher me fazer me sentir um verdadeiro homem e quando ela se vai, me deixa como um guri assustando sem rumo que tenta parecer um homem de verdade. Chego em casa e jogo as chaves em algum lugar, subo pro meu quarto e tomo um banho bem demorado pensando na minha vida. Quando saio do banho só coloco uma cueca e  uma bermuda tactel, sendo na varanda e começo dichavar o verdola,  bolo o fininho e taco fogo. A cada trago um sensação de paz, os problemas se vão e eu sinto que não preciso de mais nada. Começo a ficar entediado então resolvo ir pra boca resolver os corres  e o assalto que eu estava planejando.

As horas passavam,passavam, um verdola daqui, um verdola ali. Cálculos, cálculos e mais cálculos, até porque pra ser bandido tem de ser inteligente, o lucro do morro estavam caiando, a droga tava em falta,muitas pessoas estavam devendo e aquilo me deixou nervoso, aquele morro estava um zona e isso me estressa e faz eu tomar um atitude, a segurança do morro estava uma merda e ninguém tava cumprindo com o trabalho. Agora eles iriam, por bem ou por mal.

Vou pra casa descansar e amanhã resolver todas essas paradas erradas no meu morro, chego em casa e mato a minha larica comendo umas besteiras que  haviam na cozinha. Minha irmã dormia no sofá com um desenho besta que  passava na TV, desligo a televisão e a pego no colo, vou pro quarto dela e a ponho na cama. Assim que a deito ela acorda e se assustada quando me olhar, seu rosto continua com uma cara de assustada, ela desvia o olhar dos meus e vira as costas pra mim. Vou pro meu quarto meio confuso, não entendia o porque minha irmã estava com medo de mim, nada se passava pela minha mente, acabo dormindo pensando nas hipoteses.

Acordo no dia seguinte na maior disposição, tomo um banho rápido, coloco a primeira roupa que vejo no guarda roupa e vou pra padaria do seu Jorge matar aquela larica. Chegando la eu como alguns pães de queijo e um suco de laranja. Vou para a boca e convoco todos os filhos da puta daqueles muleques do caraio que não estavam cumprindo com os corres deles, eu não pago eles pra ficarem  coçando o pau o dia todo dizendo que estão trampando. Quando todos chegam eu fecho a cara e acendo um verde.

Grego: Então, vou mandar o papo.- esbravejo.-  Vocês não tão fazendo o seus corres, porra. Eu não pago vocês pra ficarem coçando o saco, a partir de hoje o guri que não tiver  fazendo seu corre certo, vai dançar pro capeta. Entenderam ?- encaro todos com o semblante fechado.

Eles respondem um uníssono e mando ralar, exceto o Ze.

Grego: Quero que você traga todos os malditos noias que pegam droga e não estão pagando e quero que pegue quem vende sem o desgraçado pagar, fazendo só aumentar a divida.- dou um trago.

Ze: Pode  deixar patrão.- ele da as  costas.

Grego: Esse povo tá achando que isso aqui é brincadeira.- falo pra mim mesmo.

(...)

Estava batendo aquele prato de pedreiro de lei quando meu radio toca, tirando o meu sossego me fazendo eu me estressar.

Radio on

Grego: Solta o papo caraio.- digo nervoso

Vapor: Tá tendo briga aqui patrão, um usario tá fazendo o maior barraco. - diz um pouco amedrontado pelo meu tom.

Grego: Marca um Dez que eu já to indo.- falo e desligo.

Radio off

Quando cheguei não estava tendo nenhuma briga mais, na verdade só tinha uma pessoa de costas pra mim dando ordem pros meus homens.

Quem esse verme acha que é pra chegar e dar ordem nessa porra ?

Grego: Quem é você ? Tá fazendo o que aqui caraio ?- reclamo