Capítulo 78

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ÚLTIMO CAPÍTULO

2 meses depois

Heloisa on

Já se fazia 2 mês que Henrique encontrava se em coma. Fazia questão de vir todos os dias no hospital, as vezes eu era quase tirada a força pelo Rafa, Letícia passava as noites  aqui quando eu tinha que ir  para casa. Eu só queria  estar ao lado dele quando ele acordasse, não importa quanto tempo duraria eu só queria estar ali quando ele abrisse os olhos.

Nesse tempo o maldito do TH sumiu da face da  terra, WN e Leandro insistem que eu seja escoltada por alguém já que eu seria  um alvo fácil para aquele verme. Mataria dois coelhos numa cajadada só. A segurança do morro foi redobrada, com a ausência do Henrique todos tão um pouco de si para que o morro permaneça em ordem.

Todos os dias tenho os mesmo pesadelos que tive na noite do encontro das facções, mais dessa vez o Henrique não me acordada. Rezava toda noite para que Deus não o tirasse de mim, perde minha mãe e um filho já tinham sido demais e  eu não suportaria o peso de mais uma perda. Penso nos momentos que passei com ele ao meu lado mas não era a mesma coisa, meu coração parecia não querer bater mais, não sentia fome e muito menos sono. Só queria ficar ali do lado do meu homem.

Nesse momento eu me encontrava em um sofazinho pequeno mas confortável, tentava ocupar minha mente com um livro chamado Fallen mas era impossível me manter concentrada vendo o Henrique naquela cama sem ao menos mexer um músculo. Eu só queria ter mais tempo ao lado dele, sentir sua respiração na minha cabeça, seu perfume amadeirado, seus cafunés, das suas manias que tanto me irritavam e o que mais me faz falta, acordar todos os dias com ele sorrindo ao meu lado com a cara amassada com sono, os cabelos desgrenhados e os beijos na minha testa que ele me dava todas as manhãs.

Céus, ele era tão forte e passou por tanta coisa pra morrer dessa forma ? Não era um morte digna para ele, eu sentia tanto ódio disso. Se o Henrique morresse eu caçaria ele até o inferno se fosse preciso. Coloquei um moleque no morro dele, assim que ele desce as caras eu iria acabar com a vida dele de um jeito que ele nem imagina, sua morte vai ser a mais dolorosa, ele iria morrer e tanto ser torturado por mim.

Levanto e vou até a janela e vejo o movimento da rua, o sol já estava se pondo e as pessoas se movimentava pela rua com as expressões cansadas de um possível dia agitado. Quando volto para o sofá  evito me olhar no espelho, Já sabia que eu não estava lá essas coisas e odiava saber disso. Como eu não ando comendo direito acabei dando uma emagrecida, não dormia direito e meus olhos ficavam cheio de orelhas... O resultado não era um dos melhores e eu odiava saber disso. Não queria que ele me visse desse jeito quando acordasse, o problema era que eu não conseguia me cuidar sabendo que ele está deitado naquela cama de hospital entre a vida e a morte, e eu queria ser a primeira a ver ele abrindo esses olhinhos e ver sua expressão confusa. Eu não aguentava ver ele daquele jeito, meu coração estava apenas o pó, meu corpo já não tinha mais vontade de me obedecer para fazer nada. Era difícil encontrar motivos para fazer alguma coisa e me manter motivada.

A única coisa que me deixava feliz ultimamente era o bebê da Let, receber notícias  sobre ele eram como ganhar na loteria me deixando a pessoa mais feliz em saber que eu seria titia. Eu estava torcendo para que fosse um menino, seria tratado como um filho para mim.

Acabei me perdendo em pensamentos  sobre o bebê que nem vi quando o médico chegou e me chamou.

Doutor: Senhorita Rivera ?- eu o encaro.

Helo: Sim  ?- sinto um pressentimento ruim.

Doutor: Podemos conversar lá hora?- procuro qualquer sinal em seu semblante que me entregue o que ele quer me dizer.

Amor e ÓdioOnde histórias criam vida. Descubra agora