Velhos amigos.

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Batucando com os dedos no mármore da mesa, observo mais uma madrugada se avizinhar;
Traiçoeira.
Pergunto-me por onde anda os meus amigos, àqueles que eu jurava poder contar.
Hoje conto com o copo e a garrafa,
Embebedando-me de desilusão...

Aonde é que estão?
Costumava ser verdadeiro e real,
Como o Diabo que amassa o pão.
Amigos se perdem mesmo sem dizer,
Resta, então, lembranças de algo que não mais irá acontecer.

O adeus não existiu, sem tempo para despedidas
A vida adulta chegou e trouxe consigo impropérios de pessoas que abandonam pessoas à esmo,
Sem saída.
Olá, velhos amigos, ainda guardo um gole para vocês...
Hoje estou bebendo nostalgia.
Amanhã, ó, indiferença.

Poemas aos meus PecadosOnde histórias criam vida. Descubra agora