Um estado de vicissitude me atingiu hoje cedo,
Não estava preparada;
para o medo.
Em espelhos diversos estranhei meu reflexo,
Era eu, mas eu não estava lá.
Diante de mim, outra persona.
E uma certeza...
Quem eu costumava ser não vai voltar.
Saiu batendo a porta, ignorando os cacos
Sem reservas, acendeu o cigarro e deu mais um trago;
Sorri para o nada, enchendo-me de culpa e desdém.
Foi uma batida calma, um vento amigo.
Pelo caminho, novos aprendizados
Aprendi a não ser cruel depois dos vintes
Olha que barato?
Perdi no baralho, ganhei no amor
Amar-te-ei um pouco mais, ó vida.
Sem brindar a morte ei de descansar,
Nessa esquina onde me encontro...
E não sei para onde irá me levar.
Foi uma batida calma, um vento amigo.
Algo sem muita razão de ser,
Foi uma mudança tímida que me fez voltar a viver.
É com saudades que me despeço da vida e,
Plena me entrego ao mar.
Respirando embaixo d'água, conecto meu pulmão à natureza
Agarro a água com meus dedos, afasto-me do medo;
E das dores. Não há mais nada...
Sou metamorfose.
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Poemas aos meus Pecados
PoesíaAs ondas revoltas vão levando cada tormento meu até outro canto, À espera de ajuda para o naufrágio ao qual me encontro; Sigo remando, minha alma grita verdades insólitas. E em forma de poemas vou desaguando...