Nas nuvens brancas
Dos dias quentes,
Observar-ei, entre as flores,
Os versos meus, escritos no caule.
Acalentado o olhar daqueles
Que da minha poesia querem enxergar,
Beleza ímpar.
Bebam do meu corpo e as
Linhas de Minh 'alma tentem decifrar,
Sedentos por amor
Sempre estarão.
Se assim for a minha vida,
Agradecida ficarei!
Um brinde para cada lágrima que derramei na medida
Das noites insones
A nostalgia bate à minha porta,
Suplicando morada em meu ventre estéril.
Há mel em meus sonetos
Uma doce amargura que conforta,
Minha vida, em linhas tortas, perde-se nas nuvens brancas da manhã.
Recai sobre minha mão o desespero,
Os olhos no espelho refletem dor;
O sofrimento do poeta entretém o público
Afoito
Morno
Carente de afeto.
Ditarei palavras profanas e castas,
Melodias dramáticas
Capazes de entreter
Os meus poemas
Em almas sensíveis devem refletir o meu "eu"!
Se assim for a minha morte,
Agraciada serei.
Lembrada por palavras e esquecida por ações,
Propensas ao erro
De emoldurar corações
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Poemas aos meus Pecados
PoesíaAs ondas revoltas vão levando cada tormento meu até outro canto, À espera de ajuda para o naufrágio ao qual me encontro; Sigo remando, minha alma grita verdades insólitas. E em forma de poemas vou desaguando...