Revirando as páginas.

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Quando se está sozinha à noite,
Demônios saem das sombras para brincar com sua mente;
E ninguém pode negar, eu morreria por você.

Quando os passos se tornam incertos,
O caminho te apresenta flores repletas de espinhos;
E o sangue jorra por seu dedo espetado, eu morreria por você.

Depois de tudo o que foi dito, eu esperava, aos suspiros;
Você na minha cama novamente.
Vem e diz que vai ficar, ninguém precisa saber.
Ninguém precisa se machucar.

Quando se está sozinha à noite,
Demônios saem das sombras para brincar com sua mente;
E todas as palavras não ditas soam como um roteiro ensaiado,
Sem plateia, sozinha no quarto. Sem remédios, à sós com o tabaco.
Faço a minha orgia em cada trago do cigarro,
E trago comigo os impropérios do acaso.
Sozinha novamente.

Você disse que se importaria,
Você disse que estaria lá;
E diante de tantas mentiras... Por quê se culpar por acreditar?
O cigarro quase no fim ilumina as memórias, pune o agora
E me afasta de mim

Nem sempre há licença poética em um desabafo, às vezes são só palavras soltas
Ao acaso
Esperando algum fodido para ler – e se identificar.
Se a raiva move o mundo, ela também pode me movimentar. Como em um passo de dança,
Sinto a primeira lágrima cair.
Caos causado por saudade,
Causada pela lembrança,
Sem causa de existir... Se você estivesse aqui.

Você disse que se importaria,
Você disse que estaria lá;
E diante de tantas mentiras... Por quê se culpar por acreditar?
O cigarro chegou ao fim, coração acelerado
Solidão

Você disse que estaria aqui, então... Como não está?
Revirando as páginas, em busca de erros, um capítulo marcado
Pelo primeiro beijo,
Decretou o final da história e as lamúrias do depois
Cadê você que eu não vejo?
Perdida em meus lençóis.

Poemas aos meus PecadosOnde histórias criam vida. Descubra agora