A Dama

4 1 0
                                    

Fez-se flor o espinho, trapaceando...
Em desalinho, o passar das horas contando as primaveras, exaltando verões e incendiando invernos ao esquecer outonos
No trono dos sem coroas, ensaios sobre desafetos
Afetados e afastados
Nós. Desfeito, nó no peito, daquela que se embala ao se abalar
Sozinha no ninho, e no cais
À ver navios, sem mais. Perpétua serpente
Envenenou-se no próprio gozo
E morreu ao meio-dia, insólita, febril e insípida
Tinha outro nome, mas era conhecida nos confins como a Dama...
Melancolia

Poemas aos meus PecadosOnde histórias criam vida. Descubra agora