Anfíbia

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Lançou-se, sem respaldo algum, e era quase novo
O sentimento, o momento; o lançar
O oceano quase revolto, mas íntimo no caçoar das ondas, das horas
Na borda...
Do caos, que sentia e não sentia
Nas lágrimas, que derramava e não caía
No topo...
Sem transbordar, alcançado
Cada canto
Sem canto. No silêncio mecânico
Orgástica, as palavras gemidas em mantra térmico, quente de dois, à dois
Orgânico. E vazio. De horas e espinhos
Ousando machucar sem doer, o sal
Do suor, do mel, de quaisquer...
Mulheres. Bocas e seios. Anseios sobre os quais se deseja ansiar
Em queda livre, caía. Pura poesia Anfíbia
Carnívora
Morna ao lançar-se em plantio
Doentio, aquele amor de outrora, sem remos ou bússola para navegar...
Afundou-se gélida, entregue ao mar
De amar

Poemas aos meus PecadosOnde histórias criam vida. Descubra agora