cinquenta quatro

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[cinquenta quatro] "você não fez isso"

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Pov. Liam

"Hmm. O lugar vai ficar cheirando tacos." Theo sorri, entrando em nosso quarto do hotel.

"Depois, temos que procurar algum bar. É um crime vir a Las Vegas e não nos divertimos um pouco." Afirmo, me sentando na cama e cruzando as pernas.

"Claro!" Ele exclama e se senta ao meu lado, me entregando um dos tacos.

Dou uma grande dentada no mesmo, enquanto ele me observa atentamente.

"Está sujo..." Ele eleva a sua mão. "Aqui." E... Esfrega o taco em meu rosto.

A minha boca se abre em indignação e eu começo a preparar a minha vingança mentalmente.

"Estou?" Estico o meu braço, agarrando a Cola-Cola na mesa-de-cabeceira. "Você está um pouquinho molhado aqui." Abro a garrafa e despejo, pelo menos, metade em suas calças.

"Você não fez isso." O rapaz começa. "Oh, você não fez isso."

"AO ATAQUE!" Berra e se atira para cima de mim, começando a fazer cócegas. "Theo." Murmuro. E ele continua. "Theo." Chamo novamente. "Eu não tenho cócegas."

"É sério?" O idiota gargalha, parando de tentar me fazer cócegas. "Droga." Ele faz beicinho e senta de costas para mim.

Mordo o lábio e passo a mão pela minha cara ainda suja, retirando um pouco da comida.

"Theo." Tento me manter sério. "Olha para mim." Peço.

Ele se vira e eu esfrego a minha mão suja em seu rosto, gargalhando. E, do nada, sinto-o mordendo-a.

"Au!" Faço beicinho e pouso a mão em meu colo, olhando para a mesma.

"Não faça isso..." O rapaz começa. Olho para si. "Para de fazer beicinho! Você apronta asneiras e depois fica com essa cara toda inocente!"

"Eu não fiz nada." Murmuro.

"Cala-se." Gargalha e me empurra para fora da cama.

Me levanto, rindo e volto a me sentar.

"Não tem mesmo cócegas?" Questiona, sendo essa a suas vez de fazer beicinho.

"Bem... Tenho. Mas apenas num lugar." Afirmo.

"Hm... Aposto que sei onde é." O idiota oferece-me um sorriso perverso.

"Ew, Theo! Não!" Empurro-o rindo.

"Eu não disse nada! Você que levou para outro sentido!" Eleva os braços, como se não fosse culpado.

"Cala-se." Resmungo, e me deito de costas para ele.

Segundos depois, sinto-o fazendo cócegas em meus pés descalços.

"THEO!" Grito, sem conseguir conter as minhas gargalhadas.

"Descobri!"

"Céus! Para, por favor!" Imploro divertido.

"Agora que sei o seu ponto fraco, nunca mais vou te deixar em paz!" Diz, fazendo um riso maléfico no fim - e engasgando-se no meio do mesmo.

Uma batida na porta nos interrompe, fazendo o Raeken se levantar atrapalhadamente.

"Sim?" Falo, tentando me limpar.

"Podemos colocar as toalhas?" Questionam, do outro lado da porta.

"Claro!" Grito.

Duas funcionárias, logo arregalando os olhos, ao verem o estado em que nos encontramos.

*

*

*

"Continuo achando que devíamos ter tomado banho juntos, já estaríamos prontos!" Theo tenta e eu reviro os olhos, sem conseguir conter um sorriso.

"E onde vão?" Nolan pergunta, do outro lado da linha. Coloco-o no viva voz e pouso o celular do Theo na pia, para arrumar o cabelo mais rapidamente.

"Devemos ir ao bar mais próximo." Declaro, acabando de ajeitar meus feios.

"Usem proteção." O meu melhor amigo incentiva.

"Nolan!" Resmungo, pegando no telefone do Theo e levando-o de volta ao quarto.

"Está bem. Depois não apareça em minha casa, dizendo que está grávido e que precisa de apoio psicológico." Ele reclama dramaticamente.."

"Olá, Holloway." O idiota saúda, assim que me sento ao seu lado na cama.

"Oh, meu Deus, Gabe! GABE! GABE! É O THEO! ELE ME DISSE OLÁ! OH, DEUS! ELE SABE O MEU SOBRENOME!" Braveja e tosse um pouco. "Olá, Theo. Então, já pensou na minha proposta? Deixa o Liam que eu deixo o Nolan, e podemos ficar juntos."

"Adeus, Nolan." Rio, desligando a chamada.

"Ciúmes?" O meu companheiro sorri de lado, me fazendo revirar os olhos.

"Cala boca." Lhe entrego o seu aparelho.

"Anda, resmungão." O rapaz se levanta e me estende sua mão.

Viro os rosto para outro lado, cruzando os braços.

"Vamos lá." Gargalha, se preparando para me pegar em seu colo.

"Ok. Eu vou, eu vou." Elevo os braços, me rendendo, e me levanto, rindo.

Ambos caminhamos para fora do quarto, Theo fecha a porta atrás de nós.

"Adorei a camisa." Aponto, encarando sua T-shirt com o pequeno desenho de uma sereia.

"Obrigado?" Agradece desconfiado, e olha para a vestimenta.

"Onde comprou também havia para homens?" Interrogo, segurando o meu riso, enquanto ele já revira os olhos. "Sabe.. Queria comprar uma para o Natal, para dar de presente ao meu pai."

"Vai se ferrar." Theo ri e me empurra levemente.

Assim que vejo as escadas, não evito dizer "O último a chegar é um ovo podre!" e correr até elas.

"Hey! Isso não vale!" Ele protesta e corre atrás de mim.

Como quando éramos crianças.

Marry You • Thiam version •Onde histórias criam vida. Descubra agora