[oitenta quatro] "dois sucos de laranja, liam"
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Pov. Liam
"Até logo." Sorrio, segurando a porta.
"Te vejo na hora do almoço?" O meu homem questiona, guardando as chaves de casa no seu bolso.
"Se não morrer até lá, espero que sim." Afirmo, fazendo-o rir.
"Preparado para teu primeiro dia?" Ele brinca com a sua aliança, inconscientemente, enquanto me encara.
"Acho que sim." Admito, respirando fundo.
O Theo apenas abana a sua cabeça em divertimento e volta a fixar os seus olhos nos meus.
"Eu devia...ir...provavelmente..." ele diz, apontando para trás, atrapalhadamente.
Me surpreendo a mim próprio por me aproximar dele e juntar os meus lábios aos seus. Consigo perceber que ele fica um pouco à nora, mas depois acaba por agarrar minha cintura, me puxando mais perto dele. A meu coração acelera drasticamente e eu apenas tento não me engasgar.
"Até logo, então." Ele murmura, lambendo, lenta e sedutoramente, os seus lábios.
"Até logo." Respondo, nervosamente e me afasto, tropeçando ao voltar entrando em casa.
Aceno-lhe, me despedindo uma última vez, e acabo por fechar a porta, logo me encostando à mesma e me deixando escorregar por ela. Suspiro, sentindo o meu coração voltar ao normal.
Como é que ele consegue por esse efeito em mim?
*
*
*
"THEO!" Exclamo, assim que o vejo entrar pela porta do café da minha mãe.
Corro até ele, saltando para o seu colo. As minhas pernas se cruzam nas suas costas e as suas mãos se apressam a me agarrar.
"Wow- que susto!" Ele gargalha, assim que volto pousando o meus pés no chão.
"Me leva embora!" Exclamo. "Vou ficar o dia todo olhando comida e não posso comer. Estou morrendo de fome." Murmuro, me aproximando dele.
"Tem certeza que o resultado não estava estragado?" O idiota questiona. "Passaram duas horas desde que comeu o seu almoço- e o resto do meu!"
Consigo ouvir a minha mãe chamar pelo seu nome e ela se aproxima. Acabo por voltar para o balcão, deixando-os conversando.
"Dois sucos de laranja, Liam." O meu novo colega de trabalho pede e eu me apresso assentindo.
"Na verdade... Ela ia me ajudar a trazer o pão." O meu marido admite, se aproximando, acompanhado pela minha mãe.
"Eu posso fazê-lo. Eu faço-o sempre, Theo." Kyle informa.
"Mas é o primeiro dia dele... E ele devia aprender a fazer um pouco de tudo." Theo insiste e eu quase consigo ouvir o sangue correndo nas suas veias.
A sua mão se fecha e ele pousa-a firmemente no balcão.
"Deixa estar." Murmuro e deixo a minha mão descansar em cima da sua.
Logo o sinto relaxar e o seu olhar caminha até o meu, a sua expressão se suaviza e ele acaba por assentir.
"Vamos lá." Ele resmunga para o pobre Kyle e ambos saem do café, sem trocarem sequer um olhar.
*
*
*
"LIAM!" É a primeira coisa que ouço, assim que entro em casa.
O Theo aparece no meu campo de visão, com os seus braços abertos e um grande sorriso nos lábios. Gargalhando, corro até ele e abraço-o.
"Preciso ir ao banheiro." Admito, baixinho, e ele logo rim se afastando um pouco de mim.
Caminho até ao banheiro, fazendo o que tenho a fazer, e me apresso voltando para ao lado do Theo, na cozinha.
"O que está fazendo?" Sorrio, ao sentir o cheiro da comida.
"Lasanha caseira." Ele afirma, verificando o forno, e volta a sentar numas das cadeiras, à mesa.
"Cheira bem." Elogio, me sentando ao seu lado.
Consigo sentir o seu olhar seguir todos os meus movimentos, o meu coração parece querer saltar para fora do meu peito, assim que sinto a sua mão se pousar em cima da minha.
"Eu já venho." O meu marido afirma e volta a se levantar.
Acabo por ficar à sua espera, enquanto brinco com a minha aliança.
"Liam?" A sua voz me chama, não muito tempo depois.
Me viro, logo deixando o meu queixo cair ao ver o Theo segurando um ramo enorme de rosas. Ele se aproxima e eu acabo por me levantar, tentando ficar o mais perto da sua altura possível.
"Eu sei que você gosta de flores... Principalmente rosas." Ele murmura, parecendo mais nervoso do que é normal entre nós. "E eu adorava ter uma metáfora para elas, mas nunca fui bom com as palavras."
"Elas...oh céus, Theo... Será que consegue fazer algo mal? Por uma única vez?" Questiono, não conseguindo conter o meu sorriso. "Eu sou um trapalhado de primeira e nunca sei o que fazer, mas você faz tudo parecer tão fácil." Admito, segurando o ramo nos meus braços.
"Se lembra de ter dito que nunca te levei num encontro?" O meu marido pergunta e eu assinto. "Bem... Quer sair comigo? Antes de dizer não, eu fiz uma lista de razões pelas quais deves sair comigo." Ele aponta para um papel preso no meio das rosas.
Gargalhando, pouso as flores na mesa e agarro o pequeno cartão.
"Querido Liam,
Pensei em te dar margaridas porque, sejamos sinceros, faria muito mais sentido, mas eu sei o quanto tu odeia flores com pétalas brancas (e também sei o quanto odeia quando as flores não são um número par, num ramo, por isso, certifiquei-me que tem exatamente 20 rosas vermelhas).
Bem... Tendo em conta que somos casados e nunca fomos a um em apenas nós os dois, acho que está mais do que na hora. Seria uma honra se me deixasse te levar a sair.
E por que deveria sair comigo?
Bem... Primeiro: eu sou seu marido, e seria horrível se me recusasse.
Segundo: eu prometo que vai ser divertido.
Terceiro: eu sou lindo.
Quarto: a sua mãe me adora.
Quinto: o seu pai não me detesta.
E, por último, mas não menos importante (muito pelo contrário): eu te amo.
Com amor, T.
PS: eu JURO que voltamos a tempo de ver o novo episódio de American Horror story!"
Elevo o meu olhar, sem conseguir parar de sorrir, para encontrar o Theo olhando para mim, nervosamente.
"Hoje?" Questiono, mordendo o lábio para tentar parar de sorrir por uns segundos.
Céus, já doem as minhas bochechas de tanto sorrir. A carta dele está tão bonitinha!
"Se aceitares." Ele afirma, um sorriso a prender-lhe o canto dos lábios.
"Eu não tenho roupa para o encontro..." Admito, baixinho o meu olhar até ao chão.
"Não precisa vestir nada especial." As suas mãos elevam o meu queixo, fazendo os meus olhos logo se fixarem nos seus. "Somos apenas nós. Não vamos nenhum lugar com muitas pessoas, pode até usar apenas uma das minhas camisas. Não há ninguém para impressionar."
"Devo usar terno? Talvez... Aquele que levei ao casamento?" Questiono e o seu sorriso logo se alarga.
"Isso é um sim?"
"É claro que é, idiota."
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Marry You • Thiam version •
Fanfictione se você acordasse, um dia, e descobrisse que está casado com a pessoa que mais odeia no mundo? "casa comigo?" "vou para casa contigo?" "não, estúpido. quer casar comigo?" // A história pertence à @analovesboo e, originalmente ela é escrita em port...