Marry You • Thiam version •

noventa seis

[noventa seis] "vai sonhando"

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Pov. Liam

"Devíamos plantar algo." Afirmo, levando um garrafa à boca.

"Flores?" Theo questiona, parando de comer para me observar.

"Por que não? Não temos nenhuma planta!"

"Me aparece uma ótima ideia." O meu marido sorri, continuando a comer. "Mas você que a rega."

"Vai ser a nossa planta, não a minha planta! Você também tem que a regar!" Resmungo, gargalhando. "Quando tivermos filhos, sou eu que lhe vou mudar as fraldas e você vai ficar vendo?"

"Claro." Ele afirma, gargalhando comigo.

Coloco a mão no meu copo de água e atiro-lhe algumas pingas, mordendo o lábio inferior e não conseguindo segurar o meu riso.

"Por em falar em filhos, como está o seu irmão ou irmã?" O Theo pergunta, pousando a sua mão em cima da minha.

Os arrepios são rápidos a se apoderarem do meu corpo, como sempre, e eu respiro fundo, antes de lhe responder. "A minha mãe já vai saber o sexo, daqui a pouco tempo. Ela disse que, depois de irmos embora, o médico só disse para ela ter atenção ao álcool e ter aqueles cuidados que as grávidas devem ter."

"Estou tão ansioso pelo Theo!" Theo exclama, deixando o seu polegar massajar a minha mão.

"Theo? Nem pense que se vai chamar Theo!" Gargalho.

"Por que não?!"

"Porque é estranho ter um irmão bebê com o nome do meu marido!" Resmungo.

"Theodore Raeken... Eu gosto." O meu marido afirma, gargalhando.

"Vai sonhando."

*

*

*

"E essas?" Pergunto, entusiasmado. "Theo, olhas essas!"

Uma das flores mais bonitas que eu alguma vez tinha visto estava mesmo á minha frente, o seu próprio formato era quase o de um ramo e tive de olhar duas vezes para elas para perceber que não eram de plástico. A parte maior era de uma rosa claro e o centro já era um rosa mais escuro.

"Flores de cera..." O Theo lê no pequeno vaso. "Vamos chamar um empregado e perguntar se tem sementes?"

"Vamos levá-las assim." Peço, tentando chegar ao vaso pendurado no teto.

"Não quer plantar?" Ele olha para mim confuso.

"É uma metáfora." Afirmo. "Alguém plantou essas flores e, agora, nós temos de cuidar delas. Bem... As nossas mães plantaram a nossa relação e, agora, nós temos que cuidar dela."

Um sorriso nasce nos lábios do meu marido e ele assente, me ajudando a chegar ao pequeno vaso.

"Momento 'a culpa é das estrelas'." Uma voz familiar diz, atrás de mim, e eu dou pequeno salto.

"Nolan. O que está fazendo aqui?" Gargalho, abraçando-o.

"O mesmo que você." Afirma, ao se afastar de mim, com um sorriso. "GABEEE!"

"ESTOU AQUI!" O seu namorado corre até nós, empurrando um carrinho cheio de plantas. "Olá, Liam. Olá, Theo."

"Olá, Theo." O meu melhor amigo murmura, subindo e descendo as sobrancelhas.

"Olá, Nolan. É sempre tão bom te ver." O meu marido gargalha, rodeando a minha cintura com o seu braço, enquanto segura a nossa nova planta com o outro.

"É não é?" Nolan suspira. "Penso isso sempre que me vejo ao espelho."