setenta nove

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[setenta nove] "pensava que estava doente"


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Pov. Liam

"O que é isso?" Questiono, assim que encontro um pequeno objeto cor-de-rosa num dos móveis, enquanto procurava novos copos, já que o Theo partiu os que usávamos.

"Uma máquina fotográfica." Ele responde, continuando secar os pratos.

"Cor-de-rosa, Theo?" Gargalho.

"Foi a minha irmã!"

"É daquelas velhas?" Questiono, examinando a máquina.

"é daquelas de tirar fotografias instantâneas." O meu marido caminha até mim e agarra delicadamente o objeto nas minhas mãos. "Sorri." Ele gargalha.

Gargalho com ele, me colocando num posição exagerada, e eu ouço o barulho da máquina. Um pequeno papel sai por uma ranhura na câmera e o Theo logo o agarra. Ele se baixa até ao móvel onde eu encontrei a máquina e pega num marcador preto. Entretando a foto já secou e eu não consigo conter um riso ao minha figura. O idiota escreve algo do papel, mas não me deixa ver, dizendo que queria colocar a foto na geladeira.

Ele volta para a cozinha e agarra algum íman, afixando a foto na geladeira.

Os meus lábios se curvam num sorriso, ao ver a palavra 'baby' escrita no papel.

"Então... Aquela sobremesa de que me falou..." Ouço o Theo dizer perto do meu ouvido.

"Oh, acha que, por ser fofo, eu vou aceitar dormir contigo?" Brinco, cruzando os braços contra o meu peito e me virando para ele.

"Não é dormir comigo, é fazer amor." Corrige, me fazendo rir.

"Pensava que estava doente." Murmuro, mordendo o lábio, enquanto ele agarra a minha cintura, me puxando para ele.

"Sinceramente, já nem me sinto doente. Mas preciso que dar uma desculpa a mim mesmo para faltar amanhã e ficar com você." Admite e eu abano a cabeça em divertimento.

"Não quero que falte por minha causa." Confesso. "Amanhã, vou começar procurar um novo trabalho."

"Podia começar a se prostituir"

"Theo!" Resmungo, com uma expressão espantada.

"Bem... Eu te contratava como meu prostituto privado, mas sou pobre." Os seus lábios formam um beicinho.

"Se fosse seu prostituto privado, não era prostituto, estúpido!" Exclamo, sem conseguir controlar uma gargalhada.

"Isso quer dizer que vai pensar em começar a trabalhar como prostituto?" O idiota acaba por gargalhar também.

"Te odeio." Rio com ele, dando-lhe um pequeno murro no peito.

"Por que não fala com a sua mãe? Tenho certeza que ela te contratava para trabalhar no café dela." Sugere e eu assinto, dizendo-lhe que iria fazer isso amanhã. "E sabe quem é que distribui lá o pão?" Os seus lábios se aproximam do meu ouvido.

"Faço uma pequena ideia." Gargalho, deixando as minhas mãos descansarem no seu pescoço.

Consigo sentir o seu sorriso contra o meu rosto e ele desliza os seus lábios para o meu pescoço, assim como as suas mãos para a minha bunda.

"Por que é que eu acho que você fica com mais desejos quando estamos doentes?" Questiono, logo deixando um gemido escapar pelo meus lábios, ao sentir a minha pele ser puxada.

"Bem... Talvez fique..." Murmura, contra o meu pescoço, e se apressa a colar os seus lábios do meu queixo.

O meu marido dá pequenos passos para frente, me fazendo caminhar para trás, e, depois de ir contra vários móveis no corredor e alguns na entrada da sala, acabo por cair no sofá. Ele deixa o seu corpo cair por cima do meu e junta os seus lábio aos meus num beijo de cortar a respiração.

As nossas roupas não demoram muito estarem espalhadas pelo chão. Os únicos sons possíveis de ouvir são o ruído da televisão, que nos esquecemos desligar, e alguns gemidos, que escapam por entre beijos atrapalhados.

*

*

*

"Que horas...são?" Theo murmura, deixando a sua testa se encostar a minha.

"Devem ser...umas dez. Quer... Ver um filme...ou prefere ir dormir?" Questiono, tentando puxar os pequenos seus cabelos suados para trás.

"Só quero ficar...um pouco com você na cama e depois preciso de um banho." Os seus lábios beijam levemente a minha bochecha, onde rapidamente se sinto um formigueiro formar.

Assinto e pouso os pés no chão, me preparando para agarrar a roupa, mas o meu marido me surpreende ao me pegar ao colo e me levar para o nosso quarto correndo como um maluco.

"Theo!" Gargalho, me agarrando ao seu pescoço. "Vou cair!"

Em menos de nada, ele me pousa na cama, gargalhando comigo, e se deita ao meu lado.

"Como se sente?" O Theo questiona, afastando algumas mechas dos cabelos da minha cara.

"Estou muito melhor, como você se sente?" Pergunto, deitando a minha cabeça no travesseiro, virada para ele;

"Você está nu, na nossa cama. Na nossa casa. E tem um anel que prova que é meu e apenas meu." As suas mãos percorrem os meus cabelos lentamente, enquanto os nossos olhos se observam atentamente. "Eu não podia estar melhor."

Marry You • Thiam version •Onde histórias criam vida. Descubra agora