I Couldn't Contain

09. I'm a man, a liar.

JULIE

Peguei o meu avião para Londres, Craig ia me buscar no aeroporto, eu não sei o que ele estava fazendo nesse tempo em que eu estava em Leeds, mas eu ia vasculhar tudo até descobrir algo, se Craig estivesse mentindo para mim ou me enganando eu pretendia acabar com tudo antes de voltar para Leeds. Eu dormi praticamente a viagem toda, então tudo passou muito rápido para mim, quando o avião chegou a Londres ainda era de tarde, desci do avião, peguei as minhas malas que não eram muitas, pois eu ia passar somente o fim de semana e fui esperar por Craig, eu fiquei esperando por ele uns 15 minutos e então ele apareceu apressado.

-Juliet, amor! Desculpe o atraso, como foi o voo? – Ele pergunta pegando as minhas malas.

-Tranquila, eu dormi em quase todo o voo, então eu não tenho do que reclamar. – Respondo em um riso.

-Que bom, vamos para a minha casa, eu fiz questão da empregada arrumar tudo ontem só para quando você chegasse.

-Ah, amor, não precisava se preocupar tanto com isso.

-Claro que precisava, quero que você se sinta bem aqui em Londres. – Ele coloca as malas no porta malas de seu carro.

Entramos no carro e Craig dirigiu até a sua casa, realmente estava tudo arrumado quando eu cheguei lá, ele colocou as minhas malas em seu quarto, como eu já estava lá liguei para os meus pais e os mesmos ficaram loucos para me ver, eu iria espera-los na casa de Craig mesmo, eu fui tomar banho enquanto eles não chegavam e Craig foi preparar um chá. Mesmo estando tudo aparentemente bem, eu não conseguia tirar da cabeça a noite do telefonema e da voz feminina, aquilo não me parecia certo, não mesmo. Ao sair do banho o chá já estava pronto, Craig então colocou a mesa as xícaras, todas muito delicadas e bonitas, alguns biscoitinhos que combinavam muito com o chá e tudo aquilo estava sobre a toalha de mesa recém-lavada. Nós esperamos por eles mais alguns segundos e logo a campainha tocou, Craig atendeu e recebeu os meus pais em sua casa, observando de longe eu pude notar como as vezes Hayden tinha razão, ele era mesmo puxa-saco do meu pai.

-Juliet, meu amor! – Minha mãe veio até mim e deu um forte abraço – Que saudades da minha menina!

-Mamãe! Como é bom te ver. – A abracei mais forte ainda.

-Quem é a nossa futura pediatra? – Meu pai me abraçava.

-Que bom que estão aqui. – Digo.

-A sua presença que é boa aqui, eu pensei que não iria mais sair de Leeds para nos ver. – Minha mãe diz.

-Claro que não, eu só estava esperando um tempo apropriado para sair da cidade, a faculdade não anda nada fácil ultimamente. – Conto.

-Mas então, vamos todos nos sentar, eu fiz um chá de maçã especialmente para vocês. – Craig se senta e vamos todos logo em seguida.

-Ah, Craig, como você é atencioso. – Minha mãe diz com um sorriso simpático.

-Que isso, Sra. Smith. – Ele tenta parecer modesto, mas adorava elogios.

-Espero que você se forme logo, eu já estou me sentindo cansado e quero você pronta para ocupar o meu lugar quando eu sair. – Meu pai conta.

-Sério, papai? Nossa, mas o senhor ainda tem muito a fazer pelas pessoas, você ama a medicina! – Eu não imaginava o meu pai se aposentando tão cedo.

-Eu sei, ainda vou ficar mais um tempo, mas chega uma hora em que a gente precisa parar antes de ficar doente, certo? – Ele toma um gole do chá.

-Não fale assim, quero você sempre bem. – Falo com um sorriso voltado para ele.

-Minha saúde está ótima, não se preocupe.