Elizon, era uma princesa e guerreira no submundo. Também era hibrida de vampiro e demônio. Com seu temperamento difícil ela não se dava bem com seus irmãos. Mas se vê obrigada a ir em uma missão para o Reino das Magias com sua irmã Hécla. E como se...
Não fui ao café da manha. Estava com os pensamentos a mil por causa do pesadelo, ou melhor, lembrança. E acima de tudo estava curiosa, por quê um anjo protegeria uma bruxa? Depois do que aconteceu comigo... anjos e demônios fizeram um acordo para se manterem fora dos negócios um do outro, desde então, eu nunca mais tinha visto um anjo em lugar nenhum. E ver um como guardião de uma bruxa, me deixava alerta
Depois de voar pela cidade toda e roubar papel e caneta resolvo pousar em uma montanha e mandar um bilhete pro meu pai
"A missão esta correndo bem ate agora. Porém, temos um imprevisto. A rainha tem um guardião e ele é um anjo, não um anjo qualquer. Ele é o anjo"
Invoco um pequeno demônio para entregar a mensagem e a resposta vem rápido
"Você não é mais uma criança, lide com isso. Não me volte para casa sem o livro"
Depois dessa não tinha muito o que fazer a não ser segui com a missão. Fico me perguntando por que o livro é tão importante? O que poderia ter nele que meu pai quer tanto? Eu não tinha resposta para isso, mais sabia que quando eu colocasse as mãos nesse maldito livro eu ia ler ele de cabo a rabo.
Quando volto pro castelo encontro a Hécla caminhando com uma garota
— Você veio pra cá para estudar não fofocar — digo parando na frente dela. Eu tinha que garantir que ela não sentisse vontade de abrir um sorriso se quer nessa missão
— Eu estou indo pra aula agora
— Ótimo, vê se presta atenção. O mestre esta cansado de ter uma filha tão inútil — ela olha morrendo de vergonha para a garota
— Desculpa por ter que ouvir isso, minha irmã não recebeu educação
— Não se preocupa, eu to acostumada com pessoas irritantes. — ela me encara de cima em baixo — Agora melhor irmos, se não vamos nos atrasar — ela pega na mão da Hécla e sai puxando ela. E eu fico parada de boca aberta. Aquela vadia tinha acabado de me chamar de irritante? E dado as costas pra mim? Eu pensei em começar uma briga e mostrar pra ela quem eu era e que ela devia me respeitar, mais elas já estavam longe, outras oportunidades iriam surgir.
Volto pro castelo e resolvo explorar um pouco. Os corredores eram enormes e tinha quartos por todo o lugar, estava quase perdendo o animo quando finalmente encontro uma sala de treinamento. Aquilo sim era interessante. Tinha todo tipo de arma, sacos de pancada e alguns alvos para treinar poder. Como não tinha ninguém resolvo treinar um pouco.
Guardo as asas nas costas, era assim que escondíamos elas, fazia com que ela ficasse fina e se unisse a minha pele. Começo com arco e flecha. A muitos anos, quando eu não odiava tanto a Kira ela me ensinou a usar o arco, era um talento nato para ela. Atiro a primeira flecha com uma mira impecável, depois a segunda bem mais longe, mas atinge o alvo com precisão. Logo os outros alvos se tornam entediantes de tão fácil. Resolvo treinar no saco de pancada, treino os golpes que meu irmão ensinou, estava tão concentrada que não notei que tinha alguém me observando ate ele falar
— Você chuta meio baixo — quase começo entrar em panico mas me lembro de que meu pai tinha razão, eu não era mais criança. Agora era bem treinada e tinha chance contra ele. Respiro fundo e encaro aqueles olhos azuis
— Em que momento eu pedi sua opinião? Porque não lembro — respondo seca e arrogante como pretendia e volto a treinar ignorando a presença dele
— Só to dizendo princesa. Alias, fica a vontade pra usar minha sala, só não rouba nada
Eu ia responder, mais quando olho o anjo já sumiu. Então me dou conta do que ele disse, "minha sala". Aquela sala era dele, exclusivamente dele, tudo que eu havia tocado era dele, só de pensar que toquei em algo que ele usou me da vontade de colocar fogo em tudo. A vontade misturada com minha raiva tinha sido tão grande que sem perceber eu havia criado uma pequena chama na ponta das flechas, rapidamente a chama se espalha e antes que tudo seja engolido pelo fogo, jogo as flechas e o arco pela janela e saio praticamente correndo dali.
A hora do almoço chega rápido, o que é bom porque estava faminta. Quando chego na mesa encontro Hécla e aquela amiguinha dela. Antes que eu possa formular uma provocação a rainha aparece, acompanhada de seu fiel guardião
— Que bom que veio pro almoço Elizon, senti sua falta no café hoje — ela diz
— Eu não estava me sentindo muito bem
— Espero que esteja melhor. Mais como você não veio pro café então não foi apresentada a minha sobrinha Ravena — olho para a garota ao lado da Hécla a que tinha praticamente me desafiado mais cedo. Então era sobrinha da rainha?
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— É um prazer conhece-la princesa Elizon — a garota diz se levantando e fazendo uma reverencia. E ela sabia quem eu era
— O prazer é todo meu srta. Ravena — comprimento ela com a mesma falsa felicidade que ela demonstrava, enquanto encarava profundamente aqueles olhos azuis, algo me disse que ela era problema
— A Ravena vai passar uns dias com a gente. Vai acompanhar a srta Hécla nas aulas
A forma como a Hécla olhava para ela admirando-a me fez pensar que elas iam fazer muito mais do que colar uma da outra, mais resolvo guardar isso para mim.
Nos sentamos e começamos a comer. O almoço segui em silencio ate a rainha dizer
— Alias, hoje vai ter um baile para comemorar a chegada da Ravena.
Eu não gostava muito de bailes, mais então percebi que aquilo seria a oportunidade perfeita pra procurar pelo livro, todos estariam ocupados.