Depois daquela conversa estranhei o fato de que após Bambam ter ido embora, Hyun-Jae não voltou,cheguei a questionar se a enfermeira a viu,mas disse que não depois de anunciar a presença do ruivo.
— E aí,você está bem? – era MinJi,que estava sorridente.
— Estou,eu acho...e você?
— É eu estou,afinal,acabei recebendo a notícia de que eu possa ter alta. – disse alegre.
— Isso é ótimo! – respondi,sorrindo.
— Você devia sorrir mais,fica ainda mais bonito assim. – pronunciou,fazendo-me reprimir um riso.
— Não fale bobagens,uh? Você também fica bonita quando sorri,sempre no caso,pois sempre ri,isso é bom. – declarei.
— Aish,você...você é muito fofo,não diga essas coisas. – a vi olhar perdida para os lados,com sua pele corada,fazendo que eu não pudesse conter o meu riso.
— Aconteceu algo para sua namorada sair correndo daqui? – perguntou,de repente.
— Não sei,eu não vi ela depois que saiu do quarto. – estava confuso,novamente.
— Estranho,ela estava no corredor e o celular tocou,acabou atendendo e depois que encerrou a chamado saiu correndo. – franziu o cenho.
— Depois eu a pergunto. – suspirei.
— Me perdoe por ser tão curiosa. – sorriu sem graça.
— Não,nada disso,você até me ajudou dizendo isso.
— Posso te dizer uma coisa?
— Sim,claro.
— Pode parecer chato,mas,não tenho uma boa impressão de sua namorada. – comprimiu os lábios.
— Tudo bem..ah,tudo bem.
— Eu não devia ter dito isso. – afastou a cadeira,para que pudesse se levantar.
— Não pense que eu me ofendi com isso. – disse.
— Ah,okay,apenas esqueça que eu disse aquilo. – sorriu de canto e partiu por caminhar para a área onde era aberta para os pacientes.
Depois daquilo eu não a segui,pois de qualquer forma seria estranho,por minha pessoa ter falta de assunto em qualquer ocasião,seja qual for.
Era extremamente chato ficar dentro daquele hospital,tinha nada para fazer,ninguém para conversar. Até que noto que minha mãe depois daquele dia não apareceu mais,de fato algo estranho,tão estranho que naquele exato momento ela apareceu.
— Oh,filho! Esta bem? – sorriu vindo em minha direção.
— Minhas costas ainda doem um pouco. – ri sem humor.
— Aconteceu algo? – se mostrou preocupada e se sentou na poltrona.
— Comigo não importa,mas e você? Você sumiu...– a olhava.
— É...algumas coisas em relação ao trabalho andam acontecendo,sabe? Afinal,está chegando o final do ano e as coisas ficam mais difíceis filhos,me perdoa por não ter dado notícias. – seu olhar se encontrava distante.
— Tudo bem,eu te entendo. – fiz de conta que havia acredito,sabia que não era aquilo.
— Você e Jae estão bem? – aquilo era o de menos para mim,não era algo que me preocupava,mais sim o fato de não saber o porquê dela mentir.
— Está tudo no seu devido lugar,eu acho. – tombei minha cabeça no travesseiro e fixei meu olhar no teto.
— Você parece um pouco tristonho. – declarou.
— Eu acho que é pelo fato de estar em um hospital onde você fica sozinho esperando pelo milagroso dia de ter alta,e ainda por cima ter que tentar lembrar de coisas que vivi e não conseguir. – quando percebi oque havia dito,já era demais,olhei para minha mãe e ela estava cabisbaixa.
— Eu não queria que tu estivesse aqui nesse hospital,Mark.
— Sim,porque é minha culpa,não sua. – disse baixo,porém sendo audível.
Mais uma vez ouço batidas na porta e vejo que quem batia era a enfermeira,novamente,logo pensei que era alguma visita ou algo do tipo,mas desta vez foi algo que realmente me surpreendeu.
— Ah,desculpe atrapalhar,mas eu vim dizer que Mark acabou de ter alta.
— Sério? – estava realmente surpreso.
— Sim. – sorriu ela.
— Pronto,agora você não ficará tão tristonho como antes. – pronunciou minha mãe,se levantando,que aparentemente estava feliz pela notícia,mas algo a preocupava a todo instante.
— Te espero lá fora. – disse e saiu,logo vi que a enfermeira deixava minha roupa ali,para se trocar.
Então,parti por me despir e vestir minha calça jeans de cor preta e a camisa cor vinho,acompanhado então de meu tênis também da cor do jeans. Era estranho sair dali,por mais já tivesse se tornado exaustivo.
Passei uma das mãos em meus fios castanhos e suspirei,agora eu teria de sair dali e encarar o mundo lá fora como se nada houvesse acontecido,pois,ter o pensamento de que parte da minha memória foi embora o tempo todo,era estranho,mas tentar trazer uma ideia de que não a perdi era pior ainda.
Pressionei os lábios e caminhei até a porta,abrindo-a e vendo minha mãe que olhava para a tela de seu celular com ar de preocupação,aquele clima ao redor dela estava me deixando intrigado,ainda mais por não saber o porquê.
— Vamos? – quebrei o pequeno transe em que ela se encontrava frustada e a vi assentir.
Fechei a porta do quarto e me pus do lado dela,partindo a caminhar pelos extensos corredores dali. E em um deles,pude ver MinJi,ela ainda dormia,agora eu não teria a chance de ver aquele sorriso,talvez.
Continuando o trajeto,seguimos até a entrada,onde se tinha a recepção e pessoas andando pra lá e pra cá. Ficamos parados num ponto qualquer da calçada e estranhei tal fato,afinal,tínhamos um motorista. Por que agora minha mãe esperaria um táxi?
Por que eu lembrei disso? Um daqueles pequenos flashbacks fluíram em minha mente,como lembrança. Vagamente se vem algum,mas não são coisas tão importantes quanto eu espero saber.
Apenas fiquei calado.
Logo se foi visto o carro e minha mãe gesticulou para que o veículo parasse,entramos e então ela deu o endereço do destino,no qual que não tinha ideia se seria da nossa casa ou outro lugar.
— Estamos indo para a casa da sua tia Choi Ae Rin,vamos passar um tempo lá. – pronunciou sem olhar para mim.
— Por quê? Não podemos ir para casa? – indaguei.
— Não...é,eu resolvi fazer uma reforma. – disse com incerteza na voz,mas não queria retrucar,apenas ouvi.
— Então isso vai demorar. – sussurrei.
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❝ Remember? ❞ + [Mark Tuan]
FanfictionOnde Mark acaba por perder sua memória,ou melhor,parte dela repentinamente. Mark Tuan fanfiction | Copyright @2017 | XxhanelixX