Thirty

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Se passaram meses desde que tudo aconteceu,e num desses dias,um qualquer,eu parei para conversar com minha mãe. Questionei sobre meu pai,então ela me relatou lembranças que tinha do mesmo e mais uma vez provou seu amor por ele,além das circunstâncias,e pelo fato de ter ocorrido aquela tragédia com ele. Entre esse diálogo,não pude deixar de questionar sobre onde está seu corpo,em qual cemitério e etc.,ela então me disse,e eu,apenas disse que queria visitar seu túmulo,apenas uma vez se possível,ela concordou.

Então hoje é o dia,hoje é o tal dia em que verei o túmulo e a lápide de meu pai,que irei comprar flores e as colocar sobre o concreto que faz parte do sepulcro. Estarei fazendo uma breve visita ao corpo de quem nunca pude olhar nos olhos e dizer que o amo.

— Está pronto? – indagou Naeun,que ajeitava seu cabelo.

— Sim. – assenti.

Então assim fomos,estava eu,minha mãe e Naeun, nós três apenas,os outros viriam outro dia,afinal,haviam ido viajar. Foram alguns minutos de estrada até chegar ao cemitério correspondente ao que estava enterrado ele.

— Chegamos. – disse minha mãe.

Descemos do carro,tudo isso sendo realizado em um completo e sereno silêncio,nada mais e nada menos. Pegamos as flores e fomos caminhando até onde estava o túmulo,os olhares fixos em todo detalhe,o clima baixo e a vontade de chorar. Pra mim era como se o velório estivesse acontecendo ali naquele momento,eu estava me despedindo do pai que nunca tive,do pai que não me permitiram ter,por uma besteira.

Coloco então as flores ali,fecho meus olhos e por um instante entro em conexão com meu pai,aquele lá de cima – Deus. Peço a ele que cuide muito bem de meu pai e que acima de tudo,eu tenha a imagem dele de um homem bom,e que eu possa ser como ele foi,determinado e trabalhador,conquistador de sonhos.

Tudo bem que de alguma forma você deve pensar; "mas poxa,ele traiu sua mãe",isso não é oque realmente importa,e não foi justificativa para que ele tivesse esse fim.

— Ele deve estar muito feliz de ver que tem se tornado tão bom. – pronunciou Naeun que apoiou sua mão em meu ombro.

Fiquei ali,comprimi os lábios e continuei de olhos fechados,logo senti os braços de minha mãe e Naeun,que formaram um abraço gostoso,que me trouxe o conforto que eu precisava.

[...]

3 anos depois

— Está tudo certo? – indaguei para Kunpimook,que estava ao lado de Yugyeom.

— Sim cara,se acalma aí. Se tu tiver um treco antes de entrar lá,vai ser o fim da picada né. – brincou e tapeou meu ombro.

— Mas eu tô calmo. – menti.

— Dá pra ver que você está super calmo senhor Tuan. – riu Yugyeom.

— Filho? – era minha mãe, que vinha com Naeun até mim.

— Uh? – as olhei.

— Você já está pronto,certo? – me analisou e ajeito meu terno.

— Sim,eu estou. – suspirei fundo.

— Não posso acreditar que irei ver meu menino se casar. – pronunciou-se Naeun,que havia um brilho em seu olhar.

— Sim,o nosso menino. – sorriu minha mãe,que estava mais feliz do que nunca.

— Enfim,deixa eu me recompor. Você tem que ir até o altar,logo MinJi estará chegando. – declarou a mesma.

— Deus me dá força. – olho pro alto e ri,indo agora em direção ao altar.

Os convidados me olhavam ao caminhar pela igreja,mantinha meu olhar para frente,apenas imaginando que daqui a alguns minutos estaria casado com a mulher da minha vida. 

Estava suando frio,meu coração palpitava forte,e quando achei que não podia haver mais nada para me surpreender,a música começa a tocar,e então,todos os convidados se colocam de pé olhando para a entrada da igreja. Minha respiração descompassada me deixava apreensivo,eu estava diante do melhor momento da minha vida.

Então,ainda com o olhar fixo na entrada da igreja,vejo que uma sombra se forma mostrando a silhueta de duas pessoas,então ali estavam,MinJi e seu pai,em passos vagos indo agora em direção a onde eu estava. Os olhos dela brilhavam o branco do vestido e o rosa com verde das flores realizava um contraste magnífico à ela.

— Você, MinJi Lee,aceita Mark Tuan como seu legítimo esposo? – dizia o padre após ter entregado as devidas palavras iniciais à igreja.

— Sim,aceito. – me olhava fixamente,com sorriso em seus lábios rosados.

— E você,Mark Tuan,aceita MinJi Lee como sua legítima esposa? – direcionou a mim.

— Sim,eu aceito. – declarei e senti meu coração palpitar ainda mais forte.

— Então agora,vocês são declarados marido e mulher. Pode beijar a noiva. – concluiu.

E naquele momento era como se tudo parasse,como se não houvesse mais ninguém ali além de mim e ela,nada além de nós. Sorrimos ao analisarmos um ao outro,e então,logo estava ali uma de minhas mãos posicionadas em sua nuca,meu corpo mais próximo do seu,e em instantes,nossos lábios juntos,nossas almas haviam se entrelaçado,deixando claro ali que mais ninguém seria capaz de separar-nos,nada e nem ninguém além da morte.

E essa,foi a melhor forma de ter um recomeço em minha vida.

Notas Finais

Poisé pessoal,acabô :')

Sei que foi um finalzin meio clichê,mas acho que tudo que eu queria incluir nesta história já foi dito.

Talvez eu poste um extra

Só talvez mesmo

Hihi

Obrigado a todos que acompanharam a história,espero que tenham gostado e que me acompanhem nas próximas obras.

Até algum dia.

Bye 🌟

❝ Remember? ❞ + [Mark Tuan]Onde histórias criam vida. Descubra agora