Capítulo Quinze

728 82 11
                                    

-Pov Leo-

Ele retira o pênis de uma vez.

Tussa um pouco, com todo o meu corpo trêmulo, e sangue escorrendo de minha boca.

Eu não consigo acreditar nisso, todo o meu corpo dói,  meu coração parece ter parado de bater, minha visão se recusa a estar focada em apenas um lugar.

-Você é uma delicia, príncipe- Ele me chuta. Fazendo meu corpo cair do outro lado da sala fedorenta.

Fico em silêncio. 

Não consigo pensar em nada para falar. Não consigo pensar em nada que não seja a dor que eu sinto agora.

- Não vai falar nada?- Ele pergunta irritado.

Permaneço imóvel, calado. Encarando o nada.

- Não seja tão idiota- Suas mãos agarram meus braços e ele me põe mais uma vez de bruços no chão.

Estou respirando com dificuldade. Sinto minhas calças sendo abaixadas.

Aonde eu estou mesmo....

Minha visão vai ficando turva, até que não consigo mais enxergar nada além de escuridão.

-Pov Raph-

Desvio das balas e vou diretamente até a porta de ferro. Passei cinco minutos forçando meu corpo contra sua estrutura, até perceber que ela estava cedendo.

Empurro uma última vez, fazendo a porta se abrir rapidamente,  causando um barulho quase ensurdecedor.

A visão que me foi dada nesse mesmo momento, me faz querer chorar, e vomitar. Mas ao mesmo tempo me deixou aliviado, por ver seus cabelos preto azulados mais uma vez.

Leo estava desacordado, com uma mordaça na boca e aos mãos atadas atrás das costas. Todo seu corpo estava coberto de arranhões.

Ele estava só de cueca, sangue escorria por entre suas pernas, e de sua boca.

Me aproximo rapidamente, e  a primeira coisa que faço é soltá-lo.

O pego no colo. Seu corpo tremia, então logo tirei meu casaco e pus nele. O casaco ficou folgado, mas acho que foi melhor do que nada.

Peguei meu cachecol, e pus nele também, saio da sala o mais rápido que posso.

Os policiais já estavam algemado o sequestrador, que reclamava sem parar.

- Quero falar com ele- Eu Rosno,  entregando Leo para um dos policiais.

Fico de frente com o homem, que elntregandostava sendo segurado por
dois policiais.

- Seu lixo- Eu rosno- Está feliz? Era isso que você queria?! Espero que apodreça na cadeia!- Eu grito.

O homem olha nos meus olhos. Sinto que minhas memórias possuíam aquele olhar, porém não tão morto como estava agora.  O conheço. Não sei de onde. Mas conheço esse homem.

- Raphael?- Ele fala. Recuo. 

- Como você sabe meu nome?- Cerro o punho.

-Pov Autora-

Saki olhava no fundo dos olhos esmeralda de Raphael. Um sorriso se formou em seus lábios.

Seus olhos marejaram. Queria ver de novo aqueles olhos, não esperava que ele estivesse assim.

Seu coração de pedra, aos poucos abriu espaço para o arrependimento.

- Meu filho- Ele aumentou o sorriso.

Raphael arregalou os olhos. Seu coração acelerou, suas mãos tremeram.

- Me perdoe. Oh, você está tão grande, tão bonito- Ele deixou lágrimas escorrerem- EU só queria te encontrar filho.

- Pai?- Raphael murmurou. Nunca pode falar isso. Nunca teve ninguém para chamar dessa palavra tão curta e toa forte.

O tremor se espalhou,  e agora todo seu corpo tremia. Aquele homem, horrendo, podre e mal...Estava em suas memórias.  Ele era um homem bom...Mas. ..

-Vamos levar ele daqui!- Os policiais levaram Saki,  sem que Raphael pudesse dizer mais nada.

Ele chacoalhou a cabeça.  Era claro que o homem estava apenas querendo brincar com seus sentimentos.

Seu pai estava morto, há muito tempo.

Ele pega novamente Leonardo. Um policial os da carona.

-Pov Raph-

Ele nos deixa em casa, e vai falar com Donnie.

Levo Leo até nosso quarto. Não conseguia olhar para ele daquele jeito, estou com medo.

-Amanhã, vamos fazer todos os exames nele- Ouço o policial dizer para Donnie- Precisamos chegar se não houveram ferimentos graves, e...sabe- Eu espio por uma brecha na porta- Devemos saber se não houveram relações sexuais. As vítimas de sequestro geralmente sofrem abuso, e o jeito em que ele se encontrava..

-Eu entendo- Fala Donnie.

Vejo April vindo. Fecho a porta, mesmo sabendo que ela entraria.

Olho para Leo. 

Não consigo imaginar ninguém fazendo mal a ele.

- Raphael?- April entra.

- Oi tia- Me sento na cama, ainda olhando para ele.

- Ele está de volta, Raphie - Ela acaricia os cabelos dele- Você não precisa se preocupar.

- E se... fizeram alguma coisa com ele?

-Raph- Ela se senta ao meu lado- Você tem que pensar: Nada aconteceu. E se fizeram mal a ele...Você deve ajudá-lo a esquecer e melhorar.

- Sim- Sorrio comigo mesmo.

- Amanhã nós vamos com ele, e tudo vai ficar bem. Você tem que cooperar.

-Valeu.

-Outra coisa- Ela sorri- Tente se aproximar. Se quer que seus sentimentos sejam recíprocos, lute para que as expectativas se concretizem.

-Tia...

-Ele gosta de você Raphie. Consigo perceber o quão vocês se dão bem, até quando se odiavam, eu já sabia- Ela diz- Achei que vocês seriam bons amigos, mas agora percebo que vocês são muito mais que isso.

- Obrigado.

-Eu não fiz nada. Aliais,minha função é cuidar de você- Ouço Leo começar a se mover- Vou deixá - los a sós- Então ela sai.

-Leo?- Pergunto, assim que seus olhos se abrem.

Roommates [RAPHANARDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora