Vinte e Um

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-Pov Autora-

Não era fácil para Raphael sentir-se cada vez mais próximo da possibilidade de ver seu pai.
Uma mistura de sentimentos estranhos palpitavam em seu peito: Raiva, Angústia. .. ansiedade

De alguma forma, sentir a presença de Leonardo ao lado do seu corpo o fazia menos desesperado por uma resposta, por mais que o azul ainda estivesse um pouco distante.

- O que ele disse exatamente naquele dia?- Ele falou, erguendo seu olhar na direção do ruivo.

- Meu filho- Ele aumentou o sorriso.

Raphael arregalou os olhos. Seu coração acelerou, suas mãos tremeram.

- Me perdoe. Oh, você está tão grande, tão bonito- Ele deixou lágrimas escorrerem- EU só queria te encontrar filho.

- Pai?- Raphael murmurou. Nunca pode falar isso. Nunca teve ninguém para chamar dessa palavra tão curta e toa forte.

- Ele me chamou de filho- Raphael se recordou, deixando seus olhos verdes se direcionarem para o chão.

-Raph- Leonardo se aproximou dele, deixando seus braços encostarem um no outro, fazendo um choque percorrer o corpo do ruivo- Eu tô aqui- Murmurou.

Sua voz calma faz com que Raph perdesse o controle da própria respiração,  o coração batia rapidamente, e ele quase não suportava à vontade de entrelassar seus dedos nos do azulado.

-Eu sei.

-Pov Leo-

Entramos na sala de visitas. Sendo que eu sempre estivesse fazendo questão de ficar alguns passos atrás de Raph...Como se ele fosse meu escudo protetor.

Vi enquanto ele enfiava o dedo do meio em seu polegar, precionando até que a pele ao redor ficasse vermelha.

A porta do outro lado se abre, e os guardas levam Saki até a mesa, o prendendo em algemas.

Ele e Raph se encaram em silêncio. Percebo lágrimas surgindo nos olhos verde do meu amigo, e fico sem saber o que fazer.

-Saki...-Ele finalmente falou, com a voz um pouco falha- No dia em que você foi preso, você me chamou de filho...- Ele disse. Saki concordou com a cabeça- Por que?

-Raphael- A voz dele estava rouca, sofrida. Quase tive pena dele. Quase - Eu o chamei de filho, por que conheço meu filho de longe. Você nasceu com os olhos da sua avó,  és cabelos do seu avô- Ele suspirou- Eu e Yoshi, o pai desse...traste- Seus olhos cravaram em mim. Raph olhou em minha direção, depois para Saki.

-Se for contar sua historinha, prefiro que não chame o Leo assim- Disse, me fazendo ruborizar.

-Sim...claro- Ele suspirou- Eu e Yoshi sempre nos consideramos como irmãos,  mas certo dia...conhecemos Sheng- Ele olhou de relance para o chão,  antes de continuar- Quando a conheci, eu me apaixonei a primeira vista. Não demorou para que ela desse a luz a...- Ele rosnou- Raphael...Mas logo depois, descobrimos que ela estava grávida novamente- Eu olhei para o chão- Ela estava grávida de um filho que não era meu, desse....VERME!- Ele gritou, quase saltando em mim.

Eu iria me levantar e ir embora, mas a mão de Raph se põe sobre a minha, por debaixo da mesa. Coro, e volto a olhar para o chão. 

-Não vai falar assim dele!- Raph diz a Saki, me fazendo olhar para ele- Leo não tem culpa de nada!- Lágrimas se formam em meus olhos, e resisto a vontade de pular nos braços de Raph e beijá-lo.

-Ele nasceu, graças a Yoshi, que traiu a mim e...

-E o que Saki?!- Yoshi aparece, entrando na sala enquanto a porta se fechando atrás de si.




Desculpa o capítulo curto ;-; eu
Prometo que o próximo vai ser maior

Roommates [RAPHANARDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora