Meus olhos pareciam não querer abrir, parece que todo meu corpo quisesse me prender naquele pesadelo.
— HOJE É UM NOVO DIA! — Berrei dando um pulo da cama.
— TÁ FICANDO DOIDO, MENINO!? — Minha mãe berrou do andar de baixo.
— Ainda precisa perguntar? — Respondi descendo às escadas. — O que tem de café da manhã?
— Além de louco ficou cego? Olha na mesa oras.Revirei os olhos e me joguei na cadeira.
Minha mãe fez o café da manhã de quase todos os dias: ovos e bacon.
Empurrei a comida goela abaixo e me aprontei o mais rápido possível.Ao sair de casa me deparo com Kai descendo minha rua.
— Eu estava indo te buscar. — Ele falou com um sorriso.
— Bom, aqui estou eu. Vamos?Kai sorriu como sinal de positivo e segurou minha mão.
O caminho até a escola foi bem calmo, apesar de estranhar estarmos calados o caminho todo.— PETERSON BAKER! — Lívia gritou.
— O que eu fiz dessa vez?
— Nossa professora de artes vai fazer um show de talentos próximo mês então eu, você e Sia dançando no palco, neném.
— Wow! Pera! Só podemos nos apresentar uma vez?
— A professora disse que podemos fazer até duas apresentações, por quê?Eu abri um grande sorriso.
Okay, Peterson, você finalmente tem a oportunidade de cantar em público, mete o pé que vai dar certo.
— Por nada, só algumas ideias minhas. Posso escolher qual música iremos dançar?
— Tu que sabe. — Ela sorriu.***
Os dias de aula passaram a se tornar cada vez mais repetitivos, era sempre a mesma rotina: acordar, ir a escola, beijar Kai, voltar para casa, fazer as lições e dormir. E nos fins de semana que eu não saia com Kai, eu passava os dias deitado ouvindo música ou estudando pro vestibular.
— Filho, acorda! — Mamãe me cutuca.
— Mãe, hoje é domingo, não enche. — Resmunguei ainda de olhos fechados.
— Lívia ta aqui e se você não acordar eu mando ela subir aqui e te acordar com um balde de água igual a última vez.
— Já acordei! — Dei um pulo da cama. — Diga para ela que desço em alguns minutos.Com os olhos quase fechados eu caminhei até o banheiro e liguei o chuveiro.
Eu amava aquela sensação, a sensação de água caindo sobre o corpo, fazia eu relaxar.Após o banho coloquei a primeira roupa que vi na frente e desci para falar com Lívia.
— Achei que a mocinha nunca iria descer. — Lívia debochou.
— E eu achei que só veria você amanhã.
— É só que amanhã já é dia 4 de outubro e você sabe muito bem o que significa.
— MEU DEUS! EU ESQUECI COMPLEMENTE! — Arregalei os olhos.
— O que tem amanhã, Lívia? — Minha mãe perguntou.
— Nada que a senhora ainda precise saber, mãe.
Ela revirou os olhos como resposta.— Bom, como amanhã você vai estar bem ocupado, eu decidi que vamos ensaiar hoje e não se atreva a recusar porque o show de talentos já é nessa sexta.
— Okay, okay. — Puxei Lívia para mais longe da minha mãe. — Mas você vai ao shopping comigo antes pra comprar o presente de Kai.
— Tabom, então se arruma logo!Sentei-me na mesa e enfiei o café da manhã goela a baixo e subi para o meu quarto e troquei de roupa mais uma vez.
E cá estava eu, mais uma vez nesse mesmo shopping. A lembrança de eu esbarrando com Andy naquela mesma livraria parecia não estar mais tão distante assim.
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Verde - A cor do amor [Romance Gay]
Teen Fiction[Romance Gay] Gostaria de contar que toda essa história é feliz, que sou um adolescente com uma vida perfeita e que no final tudo estará mais perfeito ainda. Mas nem mesmo eu sei como isso acaba e pra falar a verdade nem quero saber. Por que a vida...