Das piores lágrimas... Nascem as melhores paixões

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25 de Janeiro, século XV.

Já havia se passado exatamente uma semana desde que o comandante Jeon havia chegado ao castelo. Nessa uma semana, o Kim mal havia conseguido ver ou conversar com o outro, apenas se viam de longe e faziam gestos. Ambos estavam extremamente ocupados principalmente o rei com seus afazeres e compromissos com seu povo. E o reino estava sob ameaças de Daegu que estavam querendo dar inicio a volta dos conflitos, o que estava deixando Taehyung nervoso. O mesmo pensava em como proteger seu povo e principalmente, como parar essa guerra entre reinos. Taehyung apenas queria a paz de todos, mas para alguns, esses  seus tais pensamentos de paz eram assuntos de de falas como “Ele é apenas uma criança tola. Ainda crê que possamos ter um mundo diferente. Nós humanos vivemos de guerra”. Isso apenas lhe feria mais, e sua bondade e felicidade estavam se desgastando.

O mesmo sentia falta de seu mais novo amigo, queria conversar e rir mas, o trabalho de ambos apenas atrapalhava, porém, era uma responsabilidade imensa que eles aceitaram carregar sobre as costas.

Mas ao mesmo tempo, Jungkook parecia estar evitando-lhe, de alguma forma.

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O jovem rei estava de trás de sua escrivaninha sentado sobre uma cadeira nada confortável para seu corpo, escrevendo mais e mais cartas. Lendo mais e mais ameaças. O pobre garoto tinha uma feição entristecida e cansada. Sentia seu corpo pesado. Nem sequer descansava direito mais. Seus dias estavam sendo exaustivos e terríveis. Realmente ele admirava seu pai por permanecer nesse mesmo cargo por décadas e nunca parecer cansado. Ao menos era o que ele imaginava.

Seu pai sempre tentava parecer o melhor possível para alegrar seu único filho do qual se orgulhava. Taehyung realmente nunca viu o sofrer de vosso pai, que era de imenso tamanho.

Quando os olhos do castanho estavam se fechando lentamente, a porta se abriu revelando seu pai um tanto sério mas nada fora do normal.

-Pai…? - Pergunta o menor tentando disfarçar o sono perverso.

-Pare de dormir em trabalho e vamos conversar sério. - Disse seu pai num tom sacana. -Sei que já está sabendo das ameaças desse embuste de rei de Daegu. Bom, você tem que fazer uma coisa em relação a isso. Quero que assista o treinamento de nosso exército, apenas por hoje, e quero que tire guerreiros fracos que sejam um peso para o capitão e que veja os registros dos homens de Seoul e coloque os mais qualificados, fortes; destemidos; corajosos, para nosso capitão treiná-los junto aos outros. Não podemos perder o controle dessa futura guerra e depois do último conflito, milhares de soldados morreram e nosso exército precisa de mais cavaleiros. Entendeu, Tae? - Encara ao mais novo.

Taehyung ainda tinha um fio de esperança de essa guerra não ocorrer novamente mas, após as palavras tão certeiras de seu pai, viu que não haveria outro caminho. O ser humano convive com o ódio, se alimenta de guerra e espalha o caos. Ele teria de aceitar isso de uma vez por todas, antes que colocasse seu povo em perigo.

-E-Entendi… Farei isso de imediato. Vou falar com Jung… Com o comandante Jeon.

-Não precisa, já o avisei. Está a sua espera. - Disse o mais velho.

Dongyul sabia que tudo isso era muito novo para o menor e seu filho tão inocente e bondoso precisaria de ajuda para enfrentar esse novo mundo em um momento catastrófico como aquele.

Taehyung assentiu a fala do pai e se levantou de imediato, se dirigindo aos seus aposentos. Antes de quase subir aos mesmos, ele ouviu seu pai tossir de uma maneira exagerada e ouvia o maior respirar com dificuldade como uma criança asmática. Ele voltou em passos rápidos e sem se virar, viu seu pai gesticular para ele ir. Taehyung ficou um pouco assustado, seu pai não parecia bem, mas decidiu deixá-lo por escolha do próprio pai, indo mais uma vez aos seus aposentos.

The Era of War (TaeKook)Onde histórias criam vida. Descubra agora