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Depois da Seven Sins

                   LARY

– Porra não sabia que se mudar desse tanto trabalho – Van fala se jogando, no sofá.

– Só de pensar em guarda tudo isso já me sinto cansada – me jogo ao seu lado  suspirando alto

No dia seguinte que recebi o email, fomos a uma imobiliária e não acreditei quando dois dias depois apareceu um casal interessado para fechar negócio.

Com o dinheiro do apartamento, e o dinheiro que juntamos todos esses anos conseguimos comprar um novo apartamento aqui em Toronto e ainda sobrou para uma emergência.

– Segunda vou procurar trabalho.– Van fala se levantando do sofá.

– Só vou  levar a documentação para a faculdade e depois vou procurar também.

– Eu posso segurar as pontas, até você conseguir na sua área, assim pode se dedicar apenas aos estudos.

– Sei que pode Van, mas não precisa. E trabalhar é bom para ocupar a mente.

– Nesse momento temos que ocupar esses lugares vazios do apartamento– fala me fazendo rir.

– Será um fim de semana inesquecível.

O fim de semana foi cansativo, porém finalmente deixamos o lugar com nossa cara.

Nenhuma mudança é fácil, porém se faz  necessária. Eu e Van éramos felizes no nosso antigo apartamento, mas sei que aqui vamos nos encontrar. Será novos desafios, novas lembranças e algo me diz que será momentos inesquecíveis.

Pretendo voltar para o lugar onde nasci. Desde quando fui mandada para aquele abrigo, não pude nem ao menos ir ao cemitério onde minha mãe está enterrada para levar flores.

Algumas pessoas acha isso simplesmente superficial para mim é um jeito de me sentir perto da mulher que me mostrou que desistir não faz parte da nossas vidas.

Saio de casa cedo ao lado da minha amiga, desejamos boa sorte uma a outra e seguimos caminhos diferente para uma dia cheio.

Chego a faculdade de Toronto  e digo meu nome para a recepcionista, ela me pede para esperar alguns minutos sentada em uma cadeira . Uma senhora chama meu nome, nos cumprimentamos com um aperto de mão e lhe entrego os documentos. Depois de vê-los e comunicar que está tudo certo, assino minha matrícula. Nem acredito que em alguns anos serei farmacêutica, igual minha mãe antes de ser levada pelo câncer. Tiro esses pensamentos da cabeça e a tristeza que as lembranças traz, me concentro na minha felicidade do momento.

Saio da faculdade radiante, mais uma etapa cumprida agora preciso de um emprego.

Passo em várias lojas, empresas e até mercados, porém sempre escuto a mesma coisa, que não estão precisando no momento.

Volto para a casa quase anoitecendo, sinto cheiro de comida assim que passo pela porta.

– Estou fazendo o jantar. – Van grita quando escuta a porta fechar.

Entro na cozinha e o cheiro está maravilhoso.

– Ei porque essa cara?  – pergunta quando pego um copo de água me sentando na bancada.

– Não consegui emprego.

– Calma Larih, esse foi só o primeiro dia. Você vai conseguir.

– Pode ser. Mas e você deu sorte?

– Sim. Amanhã levo meus documentos. – Van fala empolgada.

– Fico feliz amiga. Agora mexe esse molho que está queimando – ela se apressa em pegar a colher.