***lembrando***
- Você é o yuri?
- Como você sabe meu nome?
- Nós nos conhecemos a muito tempo, mas....
Nesse dia eu descobri que fui "adotado" a muito tempo por minha mãe e meu pai, eu não conheço minha família de sangue inteira, apenas o meu irmão Haru, e não faz muito tempo que nos conhecemos, ele disse que seu pai o contou que ele tinha um irmão mais novo, então, ele investigou até me achar. Eu me encontro com ele de vez em quando, a minha mãe odeia secretamente quando isso acontece, mas eu quero isso, então ela aceita.
***
Se passaram dois dias desde o ocorrido com Viktor, não tenho tido muito contato com ele desde então. Hoje tenho que ir no aeroporto buscar meu irmão.Acordo cedo sem muita vontade de sair da cama, vou até o banheiro, lavo meu rosto e escovo os dentes, ao me olhar no espelho percebo que as marcas que o idiota do meu amigo deixou em mim já estão mais claras e são pouco perceptíveis, vou para o chuveiro e tomo um banho rapido, depois de me secar passo a pomada pela ultima vez, já que não sinto mais nnad e me arrumo, visto uma camiseta branca com minha jaqueta preta por cima, uma calça jeans e meu tenis preto de sempre, em seguida desco as escadas para tomar café da manhã.
Quando chego na cozinha minha mãe está já terminando schicara
- Bom dia filho. - Ela diz
- Bom dia, você parece bem humorada hoje. - Digo enquanto pego uma xicara e coloco na mesa, na frente da cadeira que vou sentar.
- Está ansioso para ver seu irmão? - minha mãe questiona e em seguida da uma bicada no café.
- Sim, já faz quase um ano - Digo sentando á mesa e e pegando a garrafa de cafe.
- Eu liguei para o seu amigo pra ir te levar. - Ela diz me assustando enquanto coloco o café na xicara me fazendo derramar um pouco fora.
- Como assim? - Pergunto ainda sem entender.
- Yuri!! eu troquei essa toalha de mesa ontem!! - Ela diz irritada enquanto se levanta.
- Porque pediu pra ele vir sem me avisar?
- Isso nunca foi problema, porque agora está agindo assim? Vocês não estão se falando? - Ela diz me fazendo perceber que ela fez tudo isso só pra saber o que havia acontecido entre eu e meu amigo.
- Isso não é importante, mas eu não vou com ele, prefiro ir de ônibus.
- Não fiquem brigados por muito tempo, o Viktor é um bom menino.
Meu celular toca, e é o Viktor, atendo no terceiro toque depois de pensar duas vezes se devia fazer isso.
- Você já está pronto? - Ele Pergunta
- Não - respondo enquanto observo minha mãe ir para a sala.
- Eu estou quase chegando. - Ele diz
- Não precisa mais vir.
- Como assim? - Ele pergunta.
- Eu vou de ônibus, não quero ir com você.
- Não, é melhor eu te levar, preciso conhecer meu cunhado.
- Você é idiota? - Pergunto - Não vou com você nem que me paguem - Termino e desligo o celular.
- Mãe, já tô saindo - Falo pra minha mãe.
- Vai com Deus filho, cuidado! - Ela grita da cozinha.
Ando algumas esquinas "seguindo" um casal lésbico, uma ruiva e a outra de cabelo azul até chegar no ponto de ônibus, aguardo alguns instantes, e como eu imaginava... Viktor aparece no seu carro esportivo, abre a janela e diz:
- Quer uma carona?.
- Alguém aqui acenou pra você? - Falo friamente. Esse cara deve ter algum tipo de Gps com a minha localização.
Alguns motoristas atrás do Viktor começam a buzinar e xingar.
- Você vai perder essa chance... o ônibus é perigoso, alguém pode abusar de você - Brinca
- É mais provável que isso aconteça se eu entrar no seu carro, seu tarado - pensei.
Sou ganho pela insistência e entro no carro, os motoristas atrás do Viktor comemoram, mas não tanto quanto meu melhor amigo.
- Sem gracinhas dessa vez - falo enquanto Viktor dirige rapidamente com um leve sorriso no rosto.
***
Chegamos ao aeroporto rapidamente, já que Viktor não falara nada durante a viagem.
Entramos na garagem e eu digo - Esse é o seu limite, volte para casa - enquanto saio do carro e fecho a porta.
- Vou te esperar aqui - ele grita pela janela do carro, eu o ignoro e continuo andando.
Após caminhar por alguns segundos percebo que estou perdido andando pelo estacionamento, procurando a saída, quando vejo algumas pessoas caminhado na mesma direção, e como eu sempre faço... sigo o fluxo até chegar em uma escadaria, após subi-la, me encontrei na entrada do aeroporto, Graças a deus esse lugar não ta cheio.
Entro e vou diretamente ao balcão de informações, uma moça jovem e sorridente me atende.
- No que posso ajudar?
- Onde fica o portão de desembarque vindo do Canadá? - Pergunto
Ela olha no computador apertando algumas teclas barulhentas, vira para mim e diz:
- É no terceiro andar, se você pegar o elevador ao lado dos banheiros você sai de frente para o portão de desembarque do Canadá - eu agradeço e sigo.
Ando observando as placas que me direcionam até o elevador, chego já apertando inúmeras vezes o botão para chama-lo, um cara alto, de ombros largos e usando boné em frente chega logo em seguida, estava de cabeça baixa e mexendo no celular parado ao meu lado, esperando o elevador.
Após alguns minutos o elevador chega e duas senhoras saem de dentro dele jogando risadas ao ar. Eu entro e o cara que aparenta ter alguns anos a mais que eu entra logo depois.
Aperto no terceiro andar e ele fica quieto, me olhando pelo canto do olho.
...
Chego ao terceiro andar e as portas do elevador se abrem, quando estou prestes a sair algo me segura pelo braço e me puxa para dentro o elevador
- Maninho!! Você não me reconheceu mesmo?
- Haru?!?
Ele me surpreende com um beijo enquanto as portas do elevador se fecham novamente.
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Pequenas Mentiras (Yuri on Ice)
أدب الهواةAlgumas verdades são difíceis de dizer para um garoto "inocente".