Capítulo 2~ JADE

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Entro na pequena floricultura e lembro-me de anos atrás quando entrei aqui pela primeira vez, pedindo alguns botões de rosa para vender, Dona Marlene achou que era brincadeira de criança. Naquele dia me deu apenas dois botões de rosa vermelha. Fui para o sinal, no cruzamento das duas avenidas mais importantes da cidade e rapidamente vendi os dois botões. Orgulhosa com as vendas, segui de volta para a floricultura e paguei pelos dois botões que ela havia me dado. No dia seguinte lá estava eu novamente para pegá-los para vender.

Aos poucos Dona Marlene percebeu que eu levava o trabalho a sério e foi aumentando a quantidade de botões. O que eu não conseguia vender no dia ela pegava de volta.

Desde então, quase todos os dias, exceto nos de chuva e quando a floricultura não abre, venho aqui pegar os botões de rosas ou pequenos ramalhetes e vou vender no sinal.

Dona Marlene é uma pessoa maravilhosa, não me olha torto por causa dos meus tios ou por ser órfã de pai e mãe. Ela até me convidou para trabalhar em sua floricultura, mas eu recusei por um único motivo.

— Bom dia gostosa. — Escuto a sua voz assim que piso meus pés na floricultura.

— Cadê a Dona Marlene, sua esposa? — pergunto não respondendo ao seu cumprimento.

Romildo, marido da Dona Marlene, é um verme que vive às custas da mulher. Suas cantadas baratas e investidas não acontecem apenas comigo, mas com qualquer funcionária que trabalhe na floricultura; depois ele sempre acha uma forma de Dona Marlene ficar do seu lado. Por esse único motivo não aceito trabalhar aqui, é melhor ganhar pouco do que ela perder a confiança em mim e eu não ganhar nada.

— Acordou indisposta, dei um trato nela essa noite que a deixou de pernas moles — diz passando a mão sobre seu pênis. — Posso mostrar para você. Não vai se arrepender, meu amigo aqui. — Apalpa o pênis. — Adora uma novinha.

Romildo além de ser um verme sanguessuga é um completo pervertido sem vergonha na cara. A coitada da Dona Marlene nunca vê as coisas erradas que o marido faz.

— Quero as flores para vender hoje. Sua esposa disse que como era domingo iria montar alguns ramalhetes — informo. Sempre me comporto da mesma maneira quando ele está perto. Abstraio as merdas que diz e tento falar apenas o que é realmente necessário.

— Ela deixou tudo separado. Vou lá dentro buscar; se quiser pode me acompanhar, tenho uma coisinha que vai gostar.

— Não, obrigada. Vou esperar aqui mesmo.

— Fica aí fazendo jogo duro. O dia que abrir essas pernas e eu arregaçar você, nunca vai esquecer — insiste virando as costas.

— Idiota! — sussurro.

Não existe um cara mais nojento que Romildo, ele tem cerca de quarenta e cinco anos, Dona Marlene tem quarenta e juntos tem três filhos. A coitada nem desconfia do marido, na sua frente é um homem amável e respeitável, mas quando ela vira as costas é um nojento.

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