Capítulo 10

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Assim que tia Rose estaciona o carro, salto e corro para a recepção do hospital em busca de notícias. O hospital está lotado, tem uma aglomeração de pessoas na recepção, várias falando ao mesmo tempo.

Preciso de notícias, com certa dificuldade e em meio ao desespero vou me enfiando no meio das pessoas.

— Moça! Moça — suplico pela sua atenção. — Minha avó estava na vã do acidente. Por favor, preciso de ajuda — digo tentando controlar minhas lágrimas.

Por alguma força divina ela me olha e indica que entendeu o que falei.

— Qual o nome da sua avó? — pergunta.

— Lúcia — digo. — Lúcia Pereira da Silva. Fiquei sabendo agora. — Minhas lágrimas caem. — Por favor, preciso saber como ela está — suplico.

— Como você chama?

— Jade Pereira da Silva — respondo rapidamente.

— Tem mais alguém da família? — Balanço a cabeça negando. — Vá até aquela porta. — Aponta para uma porta ao lado. — Vou liberar a sua entrada — avisa.

Caminho rapidamente até a porta indicada e sou autorizada a entrar, estou de cara com um corredor cheio de macas e pacientes. Alguns estão nas macas, outros nas cadeiras e até mesmo deitados ao chão.

Procuro por minha vó e a vejo em uma maca no meio do corredor, corro até ela e a abraço.

— Vó! — chamo. — Vó! — Ela não responde. — Por favor, não me deixe, por favor, vó — choro.

Seu rosto está arranhado, ela está pálida e com os olhos fechados. Deito-me em seu peito e escuto seu coração batendo. Ela está viva.

— Ela está sob efeito de sedativos, não vai acordar. — Olho para o lado e vejo uma mulher de branco. — Sou a médica plantonista que atendeu a sua avó. Ela sofreu algumas escoriações pelo corpo, fratura exposta na perna direita, entres outras coisas que não posso afirmar nesse momento. Receitei o sedativo para que seu quadro clinico não piore.

— Ela está bem? Corre algum risco de vida?

— Está sedada, risco todos correm. — Abaixa a cabeça e volta a me encarar. — Vou ser sincera com você — abaixa o tom de voz. — Olhe para os lados, o hospital não tem recurso necessário, sua avó precisa de uma ressonância magnética por causa da batida na cabeça. Mesmo com a fratura exposta ela não estava sentindo as pernas, mas estava se queixando de dores abdominais, ela precisa fazer vários exames e o hospital não tem como fazer. Fiz tudo o que podia fazer, estou tentando uma transferência para outro hospital que tenha recursos, mas está sendo negada.

— O que está querendo dizer?

— Estou falando que se ela continuar na situação que está, não sei se amanhã ela estará vida. Fiz tudo o que estava ao meu alcance, se minhas suspeitas estiverem corretas ela precisa de uma cirurgia com urgência.

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