Capítulo 5 ~ Lucas

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ontem não consegui postar, mas hoje posto 2 capítulos

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Foi necessário permanecer mais tempo do que eu imaginava, resolvendo alguns assuntos em Frutal. Por conta disso acabo voltando para Mirandópolis depois do almoço.

Paro no sinal para pegar o rumo da casa que estou morando provisoriamente. Tenho meus olhos focados ao carro em minha frente, com a minha cabeça trabalhando freneticamente. Já tracei uma estratégia com as informações coletadas essa manhã. Talvez eu demore menos tempo do que tinha planejado para conseguir sucesso nessa missão.

— Boa tarde! Flores? — Uma voz doce fala me fazendo virar e olhá-la. Tão linda, uma beleza natural.

Meus lábios se curvam em um sorriso, os pensamentos se vão e foco na pessoa que está à minha frente, olhando para seus próprios pés.

Percebo seus olhos fundos e pequenos.

— Boa tarde, moça — cumprimenta, me olha triste e tenta focar seus olhos em meu rosto.

— Seu moço — diz com a voz mole.

— Moça, você está bem? Está sentindo alguma coisa? — pergunto, está visível que ela não está se sentindo bem.

Percebo seu corpo pendendo como fosse cair. Saio do carro rapidamente e consigo amortecer a sua queda. Seguro seu pulso e verifico a sua pulsação.

— Moça, moça — chamo.

Tudo indica que por causa do calor ela teve uma queda de pressão, está amarela. Escuto seu estômago protestar: fome, ela está com fome. Vai saber desde que hora está sem se alimentar.

Ela abre os olhos lentamente, tinha que ser apenas uma abertura de olhos, mas algo estranho começa dentro de mim, um bolo na garganta.

— Parece um anjo caído do céu — digo em pensamento, passando meu polegar no contorno do seu rosto.

— Anjo — diz bem baixinho, quando percebe que falou em voz alta fica com vergonha e finjo que não ouvi.

Ajudo ela a se levantar e entrego o seu cesto de flores. Peço para ir para casa, mas ela se recusa e escuto seu estômago protestar novamente. Certamente está desde cedo sem se alimentar.

Despeço-me, entro em meu carro e vou embora. Ela não é problema meu, tenho muitos assuntos a resolver.

Quando dou por mim, estou novamente parado no mesmo sinal e ela está lá, entre as fileiras de carros vendendo suas flores. A chamo e a convido para tomar um suco, ela precisa se alimentar.

Vejo a vergonha e timidez em seus olhos, vender flores é a sua fonte de renda. Então acabo comprando todas as suas flores e peço para me entregar na padaria; assim não terá como recusar o meu convite.

Estaciono meu carro e me encosto colocando as minhas mãos no bolso para esperá-la vir ao meu encontro. Ela caminha lentamente, seus olhos vão do chão ao meu rosto; uma moça doce e tímida.

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