Capítulo 3 ~Lucas

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Faz exatamente duas semanas que estou morando na cidade de Mirandópolis, existe três motivos para a necessidade de morar nessa cidade. O primeiro foi a trabalho. Gosto de morar na minha cidade natal e quando esse trabalho terminar pretendo voltar para Frutal cidade do interior do estado de São Paulo. Com muito custo consegui convencer a Dona Aparecida, minha mãe, e tia Ariel que eu precisava me mudar por exigência do meu trabalho. Podem me julgar, tenho vinte e oito anos e ainda moro na casa da minha mãe.

O segundo motivo: aceitei esse trabalho com o intuito de mudar essa posição "filhinho que ainda mora com a mãe". Amo a minha mãe e minha tia, elas são a minha família, mas as duas exageram no excesso de cuidado. Se eu saísse de casa sem ter uma esposa, mãe e tia iriam ficar muito magoadas. Isso pelo motivo de eu ser o único filho e único sobrinho.

O terceiro e o principal motivo: se conseguir sucesso nesse trabalho específico ganho a promoção que há algum tempo estou de olho. Portanto, quando encerrar o que vim fazer em Mirandópolis e voltar para Frutal, irei morar sozinho e de quebra com a promoção que tanto desejo.

Estaciono meu carro em frente ao portão e rapidamente as duas vem ao meu encontro. Sou recebido com beijos e abraços. Prometi que hoje viria passar o dia com as duas.

— Olha o que trouxe para as minhas lindas — digo pegando as flores que comprei no sinal, de uma moça bonita, quando estava pegando o caminho para Frutal.

— Que lindo! — minha mãe diz pegando as flores. — Trouxe flores só para eu não reclamar que ficou quinze dias sem vir para casa.

— Para com esse ciúme, Cida — tia Ariel a repreende. — Vamos entrar, tenho que colocar as minhas flores na água. Ainda bem que você veio, não aguentava mais a sua mãe reclamando — diz me puxando para entrar em casa.

Depois da morte do marido, tia Ariel veio morar em casa, pouco tempo depois meu pai acabou morrendo em serviço. Eu tinha quinze anos, sofri muito com a sua morte, ele era o meu herói. Não sofri tanto quanto a minha mãe, ela demorou muito tempo para aceitar a perda. Tia Ariel foi uma boa companhia e as duas são as pessoas mais importantes da minha vida.

— Eu não tenho ciúmes dele — minha mãe se defende. — Você que ficava reclamando que ele tinha indo embora e nunca mais iria voltar para casa.

— Para de ser rabugenta, Cida. Se continuar a reclamar Lucas só vai vir uma vez ao mês — tia Cida repreende. — Olha só como está magrinho, tenho certeza que nem comeu direito.

— Vem para a cozinha. Eu e Ariel passamos o dia de ontem fazendo tudo o que você gosta de comer. — Minha mãe enlaça o meu braço e caminhamos para a cozinha.

Entramos na cozinha, a mesa está posta.

— Fizemos tudo o que você gosta — mãe diz orgulhosa.

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