Capítulo 6 ~Jade

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Fico olhando o seu carro partir e se misturar com outros. Quando não o vejo mais, me coloco a caminhar.

Acho que eu agi feito uma tonta, mas nunca ninguém me chamou para tomar um suco; não sei agir perto de uma figura masculina. Na verdade, nunca nenhum homem me deu bola, só Romulo que é um homem sem caráter que sempre ousa falar aquelas barbaridades.

"Seu moço" não é igual a ele, é atencioso, educado, fala olhando em meus olhos, consegue me deixar com vergonha e agir feito uma boba. Foi o melhor suco do mundo inteiro.

Fico perdida pensando nos minutos que ficamos juntos na padaria, saboreando um simples suco com um croissant. Talvez, ele quis apenas ser gentil, mas para uma garota sonhadora como eu significou muito. Nunca ninguém me tratou e se mostrou interessado na minha vida como ele. Ele é diferente.

Talvez nunca mais o veja, mas ele será para mim o seu moço. Tola como sou, nem perguntei o seu nome; falei tanto de mim que acabei não dando espaço para ele falar sobre ele.

Entro na floricultura com o cesto nas mãos, caminho até o balcão e coloco o cesto em cima.

— Dona Marlene! — chamo, já pegando o dinheiro do meu bolso e contando para separar a parte que tenho que pagar a ela.

Graças a Deus hoje foi um bom dia, consegui vender tudo. Vai até dar para comprar o pão e manteiga para tomar café amanhã de manhã.

— É você delicia. — Sua voz me faz fechar o sorriso que tinha em meu rosto. — Posso saber o que deseja?

— Vim acertar as flores do dia e deixar o cesto — comunico contando o restante do dinheiro.

— Pelo visto. — Seus olhos imundos percorrem meu corpo. — As vendas não foram muito boas hoje, trouxe as flores quase todas de volta. Talvez se mostrasse mais o decote, vendesse mais flores.

— Pelo contrário, vendi todas as flores. — Entrego as notas equivalentes as flores vendidas.

Ele pega as notas da minha mão e conta, depois me olha desconfiado.

— O dinheiro está todo aqui — diz colocando as notas em cima do balcão. — Só não consigo entender como conseguiu esse dinheiro? Se todas as flores estão nesse cesto. — Aponta para o cesto.

— A pessoa que comprou as flores me presenteou com elas — explico. — Portanto irei levá-las todas comigo. É um presente. — Um sorriso acaba escapando do meu rosto.

Apesar de vender flores desde pequena, eu nunca ganhei nenhuma. E adorei ganhar, vou fazer dois arranjos e colocar no vaso, um na sala e outro ao lado da minha cama.

— Então você é uma putinha que abre as pernas por um punhado de flores?

— O quê? — O meu sorriso se fecha.

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