XVII

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Boa Leitura!!!

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POV Camila Cabello-Jauregui

Uma dor constante e forte, no meu ventre, me fez despertar aos poucos. Não me lembro de ter dormido ou coisa parecida. Meus olhos estavam pesados e a claridade do lugar me fez ficar com eles fechados por mais um tempo; meus braços e pernas estavam tão fracos que eu mal conseguia move-los, mas fiz um esforço e levei minha mão direita para o local onde a dor estava. Gelei quando senti minha barriga quase sem nenhum volume. Abri os olhos rapidamente, mesmo com a minha cabeça e meu corpo reclamando pela dor, me sentei na cama.

Eu estava em um quarto quase todo branco, com uma porta a minha frente e uma janela do meu lado esquerdo. Quando olhei onde estava deitada, percebi ser uma maca, então liguei os fatos. Eu estava em um hospital.

Tinha alguns fios ligados em meu braço esquerdo, olhei para cima e vi que era soro e uma máquina que media os batimentos do meu coração.

Eu iria entrar em pânico se uma enfermeira não tivesse entrado no meu quarto.

- Olha quem acordou. - Ela falou aparentemente aliviada em me ver acordada.

- Onde está meu bebê? - Perguntei sentindo um nó na minha garganta. Estava com medo da resposta.

- Eu quero que você fique calma. - Ela disse calmamente enquanto se aproximava de mim, sua expressão era serena. - Seu bebê está bem, forte e saudável.

Senti um peso de quase mil toneladas saírem das minhas costas e suspirei aliviada, me deitei novamente, pois meu corpo estava realmente dolorido.

- Está sentindo alguma dor? - A enfermeira perguntou preocupada.

- Minha cabeça doí e parece que meu órgãos estão soltos dentro de mim. - Murmurei e escutei uma risadinha.

- É normal você sentir isso no começo. Vou te dar um remédio e daqui a pouco estará melhor.

- Okay.

A vi andando até a porta do quarto e quando foi abrir se virou novamente e me olhou.

- Ligaremos para a sua esposa avisando que você acordou. - Ela falou dando um sorriso lindo no final.

Sorri largo em resposta e concordei. Estava ansiosa para ver minha esposa e meu neném.

...

Depois que a enfermeira, que descobri chamar Keana, voltou ao meu quarto e me deu um remédio, eu dormi por um bom tempo. Acordei sentindo um carinho calmo em meus cabelos e um cheiro mais que familiar me fez abrir os olhos.

Lauren estava ao meu lado, olhando para baixo. Parecia chorar, o que fez meus batimentos cardíacos aumentarem drasticamente. Odiava vê-la chora. Ela levantou a cabeça quando escutou a máquina e nossos olhares se encontraram.

- Amor. - Lauren falou e me abraçou meio de lado por causa da maca. Devolvi o abraço, apertando-a entre meus braços, e a escutei chorando. - Não me a-assusta desse j-jeito mais.

- Não chora, meu amor. Estou aqui. - Sussurrei em seu ouvido e comecei a acariciar seus cabelos perto da nuca. A puxei para cima da maca calmamente e ela se ajeitou de lado do melhor jeito possível, tomando muito cuidado para não colocar seu peso em mim e me machucar.

- E-eu senti m-muito sua falta, Ca-amz. - Minha esposa gaguejou com a voz chorosa e me apertou mais. - Não a-aguento ficar mais s-sem você.

- Shiii, calma, eu estou aqui agora e não vou te deixar mais. - Tentei acalma-la beijando sua testa, bochechas e pescoço.

Don't Break My HeartOnde histórias criam vida. Descubra agora