Don't Break My Heart

VI

Halloooo

Quero pedir a vocês que não julguem a Camz antes de saber o que ela sentiu. É uma atitude comum para quem foi machucado.

Boa leitura!!!

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POV Camila Cabello-Jauregui

Depois da cena que presenciei mais cedo eu simplesmente surtei, não conseguia pensar claramente nas minhas ações. Eu estava magoada, triste, sentindo o peso do mundo nos meus ombros.

Em todos os meus 3 relacionamentos eu fui traída das piores maneiras possíveis, seja comigo pegando meu ex na cama com uma desconhecida até em minha ex beijando sua amante em um restaurante, e pensei que nesse seria diferente. Eu me arrependi de ter saído daquele jeito do hotel, sem dar a Lauren uma chance de explicar, mas sempre fui impulsiva, principalmente quando estava no auge da raiva ou da tristeza como agora.

Assim que entrei no quarto novamente peguei minha mala e fui guardando minhas coisas o mais rápido que consegui. Depois peguei meu filho no colo, que ainda estava dormindo e parti para fora daquele hotel. Peguei um táxi que estava parado próximo à esquina e pedi para me levar ao aeroporto.

Enquanto não chegava ao meu destino, peguei meu celular e decidi ligar para minha avó. Arrumei meu pequeno em meu colo enquanto esperava ela atender. Depois de cinco toques escutei a voz doce e calma da minha vó.

- Alô?

-Oi, abuela. – Falei tentando melhorar minha voz chorosa, segurando minhas lágrimas.

- Oh! Olá, meu amor, o que aconteceu?! Porque está chorando? – Ela perguntou em um tom de preocupação.

- Não é nada, não se preocupe. Só liguei para avisar que estou indo embora. Estou com uns problemas pessoais para resolver em Nova York, mas prometo voltar o mais rápido possível.

- Tudo bem, estarei esperando você voltar mesmo. Boa viagem e quando chegar lá me avise.

-Okay, aviso sim. Até depois vovó, te amo. – Consegui soltar essas palavras, mas não consegui segurar o choro.

- Até depois, também amo você, minha filha. – Ela falou mais preocupada ainda.

Desliguei o telefone antes que ela começasse a fazer perguntas demais. E por ironia do destino, começou a tocar a música I'm Not The Only One do Sam Smith no rádio do táxi. Quase ri da minha desgraça. Minha vida no momento estava igual cena de filme, eu chorando dentro de um táxi a caminho do aeroporto, música triste tocando na rádio, chuva fina cobrindo as ruas da cidade, meu filho dormindo em meu colo e o amor da minha vida ficando para trás.

- Mamá, cadê a mommy? – Me assustei com meu filho perguntando baixinho em meu ouvido.

Suspirei e comecei a fazer um carinho em seus cabelos.

- Não sei, filho, mas ela vai voltar para te ver. Agora volte a dormir que nós estamos indo para casa. – Falei baixinho também em seu ouvido vendo-o dormir no mesmo instante.

(...)

Chegar em casa nunca foi tão triste e vazio quanto agora. Tinha acabado de entrar no meu quarto, depois de colocar Lorenzo, ainda dormindo, no seu.

Sentei em minha cama e não aguentei mais segurar o choro, cheguei até a engasgar. Lembranças passaram por minha cabeça com toda força. O primeiro eu te amo, o pedido de namoro feito por ela, o pedido de casamento, a compra de nossa casa, a decisão de ter nosso primeiro filho, tudo passou pela minha cabeça.