#15 A Biblioteca

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Fazia sol, os pássaros cantavam e um vento húmido batia no meu rosto. Eu estava sentado numa área do parque cheia de grama, usava a minha camisa regata favorita, ela era de cor clara e tinha uma motocicleta estampada.

Me levanto e começo a andar pelo parque, todos pareciam tão felizes, as crianças brincavam e os adultos riam entre si. Deveriam estar comemorando o retorno do sol, pra quem mora na "cidade do sol" ele não se fazia muito presente.

Ando mais um pouco e vejo um rapaz, ele me era um pouco familiar, era o Lucas, eu acho. Me aproximo mais dele, seguro seu braço, mas não era o Lucas. Era o Fabiano.

-Aro: Fabiano? O que você está fazendo aqui?- Perguntei, coçando a cabeça. Mas ele não me respondeu.

Foi daí que eu pensei: O que eu estou fazendo aqui? Foi quando o Fabiano se vira pra mim e fala algo, mas não era sua voz, era o som de um despertador.

O som começava a ficar mais intenso, olho para os lados e todos faziam o mesmo, não eram mais vozes e gargalhadas, eram o som do despertador.

05:05: Eu abro os olhos, o som ainda persistia, olho para o lado e vejo o despertador "berrando", dirijo minha mão até ele e o faço parar. Estava na hora de levantar e ir para a escola.

Levanto, tomo um banho frio e escovo os dentes. Me visto e vou para cozinha fazer um café, faço um sanduíche e tomo café da manhã. Olho para o relógio e ele marcava 05:40, daqui a pouco o ônibus iria passar. Me apresso, pego a mochila e deixo um bilhete para Elisa.

Desço e vou para o ponto, em relação a todos os outros dias, hoje fazia sol. Chego bem a tempo de pegar o ônibus que a propósito, não estava tão lotado assim.

Sentei-me em uma cadeira ao fundo do ônibus ao lado da janela, durante o caminho pude observar as várias paisagens e a mudança no tempo. Já próximo ao ponto onde sempre descia o tempo começa a fechar, e eu percebo que não havia trazido comigo o casaco.

Logo começa a chover e o cenário muda completamente, já não via mais muita coisa pela janela embaçada do ônibus, os pingos de chuva colidiam com as janelas como se fossem pedras. Havia chegado a hora de descer, e a chuva? Ah, ela ficava cada vez mais intensa.

-Tenho que correr, caso contrário irei me molhar todo.- Falei comigo mesmo em voz alta.

Corri até a escola que não ficava muito distante do ponto, cheguei todo encharcado. Entrei e fui em direção ao pátio da escola, não haviam muitas pessoas lá.

-Esse povo deve ser feito de açúcar-Falei comigo mesmo, me sentado e pondo a mochila em cima da mesa.

As horas passavam e a chuva só ficava mais intensa, Amanda não havia chegado e não sabia se ela viria.

É, acho que hoje eu iria ficar "sozinho" na escola. 07:03 da manhã, eu continuava sentado a espera de alguém, até que vejo o Joaquim.

Foi aí que me dei conta e pensei: Por onde ele havia andado? Fazia quatro dias que ele não aparecia na escola. Ele se aproxima de mim, se senta e fala um "Bom dia".

-Joaquim: Bom dia, Aro.- Falou, tirando o casaco.

-Aro: Bom dia, Sr. Sumiço.- O respondi com um tom de brincadeira.

O Garoto Do Ônibus (Romance gay) EM CORREÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora