E S P E C I A L D E N A T A L

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24 de dezembro, 2007, São Paulo.

Quando a última bagagem foi colocada no porta-malas, soltei um gritinho de empolgação.
Eu mal podia acreditar - eu iria passar o natal com meus amigos e melhor ainda - na chácara da Luana, uma das minhas melhores amigas.

- Então, partiu? - perguntou meu pai abrindo a porta do Citröen C4 Pallas, o carro do ano. Eu particularmente o achava mais confortável que o antigo, um Chevrolet. A empresa que ele era sócio estava decolando e nossa qualidade de vida, subindo.

- Só se for agora! - comemorei e entrei no carro e bati a porta com um força demais, gerando um barulho alto.

- Ops!

- Mas que inferno Beatriz! Já falei para você ter mais cuidado, custou dinheiro, sabia? - ralhou meu pai e eu me encolhi, envergonhada.

- Foi sem querer - me defendi.

- Tenha mais cuidado!

- Está bem Sérgio, ela já entendeu - interveio minha mãe, entrando no carro e fechando a porta da mesma forma que eu.
Meu pai fechou a cara e eu sabia o que viria a seguir - uma briga interminável.

- Tá vendo só? Você é um péssimo exemplo pra ela.

- Eu sou a mãe dela Sérgio! Não pode me dizer o que fazer

- Não vou discutir com você Melissa.

- Ah mas que ótimo, então vamos logo, o pessoal está nos esperando.

Após a discussão idiota, meu pai ligou o carro e fomos em direção à casa da única pessoa que melhoraria minha viagem.

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Tia Giovana abraçou Mari tantas vezes que acho que ela mal conseguia respirar.

- Mãe, já pode me soltar - Mari pediu enquanto eu ria.

Adoraria ter um celular para gravar isso. Uma das coisas que eu estava louca para contar para Mari era que eu tinha quase certeza que ganharia um celular novinho de natal - de verdade!
Eu era a única garota de doze anos da minha turma que não tinha um celular. Isso mesmo, nem velho, nem quebrado.
Em um dos dias de pagar contas, por pressa ou descuido minha mãe deixou a lista de presentes caída no chão da sala, eu peguei e lá estava escrito IPhone - Ou seja, eu iria ganhar o celular que todo mundo estava querendo, mal podia esperar.

Mas então, ela apareceu.
Cabelo vermelho sangue, blusa descolada mostrando o piercing no umbigo, unhas pintadas de preto e um gloss no melhor estilo comi um frango frito caminhando em direção a Mari.

- Karina! Que surpresa agradável! - minha mãe disse assim que a criatura surgiu.
Pena que não poderia dizer o mesmo.

- Vai nos acompanhar nessa aventura? - meu pai perguntou, buzinando sorridente em seguida.
Revirei os olhos. Eles brigavam como dois animais ferozes e na frente dos outros, formavámos a família digna de comercial de margarina. Era patético.

30 dias para esquecer meu ex [PAUSADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora