30 dias para esquecer meu ex [PAUSADO]

3° D ia - Calendário

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Aproveitei que a Mari estava em casa quando cheguei do trabalho e a intimei fazer compras comigo

- Nossa geladeira está parecendo uma fonte luminosa - disse Mari, fechando a geladeira. - Só tem água e luz.

Dei risada.

- É minha amiga, chegou a hora de fazer compras - lamentei.

Mari suspirou. Ela odiava fazer compras mais que odiava quando a comida acabava.

- Você odeia fazer compras ou é só comigo? - perguntei prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo desleixado no alto da cabeça.

- Eu odeio ser pobre amiga - brincou. - Fazer as contas de quanto tem que gastar, passar as compras no caixa...ain, já fico exausta. - se jogou no sofá, fazendo drama.

- Levanta a bunda daí garota, nós vamos às compras.

- Oh Deus - gemeu, dramática.

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Enquanto passávamos com o carrinho pelo corredor de congelados, Mari me atualizava sobre os preparativos do casamento.

- Por mim nem teria festa, mas os pais do Bruno são tradicionais, e a minha mãe sonha em me ver vestida de noiva desde que eu ganhei meu primeiro fogão de brinquedo - desabafou, jogando uma bandeja de presunto no carrinho.

- Que machista - comentei empurrando o carrinho até as prateleiras de lacticínios.

- Vou pegar um iogurte, tá? - avisei jogando um no carrinho.

- Sim, machista. Mas eu queria ser uma chefe de cozinha. Lá em casa, o Bruno que vai cozinhar - e jogou uma bandeja de queijo no carrinho.

- Deus o livre de você encostar em uma panela - respondi.

- Cala boca.

Dei risada e passamos no corredor dos pecadores - o das guloseimas.
Não por que eu queria, mas eu precisava passar por ele para chegar no corredor de limpeza.

- Eu adoro esse chocolate - se lamentou Mari.

- Eu também amiga. Não seja fraca, continue em sua posição! - a repreendi.

Mari suspirou e continuamos andando.

- Quem teve a idéia de casamento ? - continuou e sorri.

- Você, a apaixonada idealista. Agora tem que economizar cada moedinha para o grande diaaa - cantarolei.

- Acho que odeio casamentos então - declarou.

Mari parou de caminhar. Seus olhos brilhavam.

- Mari? - chamei. - Mari?

- Três chocolates por cinco! Eu quero, e vou levar - avisou, dando saltinhos e escolhendo os chocolates.

- Você é uma vergonha para o seu batalhão - brinquei.