16° D i a - Dengo

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- Você precisa de alguma coisa? Vou ao mercado - Perguntou Mari e eu apenas sorri.

- Nadinha. Já tenho tudo aqui. - Continuei sorrindo enquanto ajudava Mari com o casaco e sua bolsa.
Ela enfiou o braço numa das mangas e ajeitou o casaco - mas não antes de me lançar um olhar desconfiado.

- Você está bem?
- Lógico. Agora vai, você está atrasada. - disse te entregando sua bolsa.

- Tá bem. - Ela ajeitou o casaco e andou em direção a porta - mas não antes de pegar as chaves.
- Até mais.

Passado-se poucos minutos desde a saída de Mari, mordi os lábios tentando me conter e corri pegando meu celular em cima da bancada da cozinha.
Disquei um número que eu já sabia decor

- Ela já passou pela portaria? - perguntei ansiosa.
- Ela tá passando agorinha pelo portão.
Dei uma risadinha ansiosa.

- Pronto! Estou subindo. Cinco minutos e estou ai.- e desligou.
Corri para o banheiro, escovei os dentes, lavei o rosto, amarrei meu cabelo num rabo de cavalo desleixado e coloquei um sutiã - eu odiava usar essa porcaria para dormir.
Passei um pouco de perfume - não tanto, não queria que minha renite atacasse ou passasse a impressão de que eu havia me arrumando.
Achei um gloss de Mari em cima da pia e passei um pouquinho.
Miguel bateu na porta e corri para atender.
Fechei os olhos e puxei o ar e não pude evitar um sorriso largo.
Abri a porta. E a sequência de acontecimentos foi muito rápido - mal abri minha boca e Miguel me beijou ferrozmente nem me dando tempo de dizer um Oi.
Chutei a porta e caminhamos entrelaçados até o sofá da sala, onde cai e Miguel por cima de mim.
- Oi pra você também - resmunguei.
Miguel gargalhou e tirou uma mecha teimosa da frente dos meus olhos
- Você é ainda mais bonita quando está bagunçada.
Eu sorri e mordi os lábios
- Eu me dei o trabalho de escovar os dentes, de nada.

- Bem que eu senti um gostinho de menta mesmo.
Revirei os olhos mas ainda estava sorrindo.

Estar com Miguel era uma sensação totalmente nova para mim. Meu corpo todo respondia com a revolução que era estar com ele numa terça-feira.
Passei anos ao lado dele mas agora a sensação era nova.
Ardente.
Queimava por dentro e acelerava meu coração- que sempre ansiava pelo próximo acontecimento.
Eu parecia ser uma menininha - tinha quinze de novo!

- Você é um idiota às vezes.
Ele sorriu.
Eu sei.

O olhar dele era diferente. Era como se pudesse realmente me enxergar - será que ele podia? E se podia, gostava do que via?

- Eu me sinto perdida em você agora.
- Nem percebi.

Revirei os olhos.

- Odeio essa sua mania. - reclamou se aproximando, sua respiração me fazendo cócegas.

30 dias para esquecer meu ex [PAUSADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora