13° D i a - Fica

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Eu devia estar babando quando acordei em um pulo, assustada.
Cocei os olhos e encarei o ambiente onde eu estava, meu quarto.
Como eu tinha vindo parar aqui? Isso só acontecia quando eu era criança.
Além do mais - cadê o Miguel?

As cortinas estavam fechadas, fazendo sombra através da pequena quantidade de luz que emanava da janela, me fazendo lembrar que já deveria ser tarde.
Olhei a tela de bloqueio do celular - quatro e dezessete da manhã.
Me levantei e caminhei até o quarto de Mari, cuja a porta estava entre aberta.
Mariana dormia sem qualquer preocupação que pudesse a assolar.
Olhei Milena também antes de me deitar e tentar pegar no sono novamente.
Sem sucesso.
Rolei para a direita.
Rolei para a esquerda.
De repente, a cama parecia ser grande demais para mim e o travesseiro, feito de pedra.

- Bela hora para se ter insônia! - reclamei olhando fixamente para o teto, e meus pensamentos vagaram até Miguel.
Pensei em nós.
Eu não deveria, mas parecia tão óbvio pra mim tanto pra ele.
Eu tinha que admitir, eu o queria tanto quanto ele parecia me querer - na mesma intensidade, no mesmo tom.
Então eu imaginei, um lugar onde pudéssemos ficar juntos, sem ninguém perturbando, sem nenhuma pressão.
Um lugar calmo, onde eu pudesse ouvir o som de nossos corações batendo ritmados.
E eu gostei disso.
Gostei disso! Que absurdo.
Coloquei os fones de ouvido e soltei a imaginação ao som de Every Breath You Take do The Police, e desta vez, não me restringi.

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- Milena, posso falar com você um minuto? - Shirley perguntou assim que terminamos de arrumar a clínica para abrir.

Milena se levantou, ela estava agachada arrumando as revistas - uma coisa que eu odiava fazer. Pô, custa deixar as coisas no mesmo lugar que você achou?

- Sim. - ela olhou pra mim e seguiu com Shirley até o consultório da psicóloga.

É, parece que vou ter que começar sozinha o expediente hoje.

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A clínica estava mais cheia que de costume - teve até uma moça que chorou e gritou desesperadamente só para não entrar no consultório de uma das meninas.
Passou-se cerca de vinte minutos até que ela se acalmasse e se desse por vencida.
Ela entrou no consultório e pelo que vi, tudo ocorreu bem.
Milena não conversou muito depois que voltou da conversa com Shirley, tinha ares de quem estava refletindo e mergulhando cada vez mais em um mar de auto avaliação.

- Vamos almoçar a onde hoje? - perguntei tentando fazê-la falar um pouco.

- Eu não queria comida hoje, pode ser um lanche?

- Acho uma boa. - respondi me debruçando sobre a mesa. - Que tal um croissant quentinho com manteiga?

Milena balançou a cabeça em reprovação.

30 dias para esquecer meu ex [PAUSADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora