O Baile de Inverno

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Logo era primeiro de setembro outra vez. Hermione e Gina estavam extremamente felizes com seus vestidos par ao baile. E Dominic estava tão empolgada quanto as meninas.

Severus estava feliz com a nova ocupação que sua esposa usava para se distrair da insônia. E estava ainda mais contente com a decisão repentina dela em acompanhá-lo em Hogwarts naquele ano.

Eles estavam no Castelo desde a noite anterior, e Dominic ficara surpresa com a quantidade de fotos suas que seu marido mantinha em seu escritório. Não que o número de fotos dos dois em seu ateliê fosse menor. Mas não sabia que Snape havia sido rebelde nesse ponto em específico. Aquele escritório quebrava completamente sua imagem de homem mau e intocável.

Alvo separara uma sala secreta nas masmorras para que ela pudesse usar. Afinal, não era por estar em Hogwarts que a loira deixaria de trabalhar.

Severus estava achando divertido ver sua esposa terminando de desenhar os detalhes dos vestidos das meninas. Sem dúvidas... Tudo o que ele também queria era poder dar à esposa um filho. Dominic se divertiria do início ao fim, em todas as fases da criança.

Ela estava sentada no sofá, com sua grande prancheta/mesinha portátil, e agora terminava o vestido de Ginevra. Anotando as medidas nos devidos lugares. Já havia trazido os tecidos, que estavam no ateliê.

Sua loira trajava calças e camisa de veludo vermelho, mantendo a camisa inteiramente aberta, e usava um par de meias da mesma cor do pijama. Uma luzinha branca flutuava perto, iluminando o desenho, permitindo uma perspectiva perfeita do desenho para ela, e dela para ele.

Severus abriu sua gaveta o mais silenciosamente que conseguiu, alçando mão de sua câmera fotografica. Com cuidado, encontrou o melhor ângulo que podia, antes de fotografar a mulher, pegando o movimento do morder de lábios, aos olhos azuis se voltando para si.

Acabou dando um sorriso sem graça por ter sido pego pela esposa. Gostava de tirar algumas fotos sem ser pego.

-Você não tinha aulas para planejar, professor Snape?

A mesinha/prancheta já havia sido colocada de lado, e a mulher estava parcialmente deitada no móvel. Severus deixou sua mesa, servindo dois copos de conhaque antes de juntar a ela, acomodado no espaço onde estavam as pernas da esposa, que colocou no colo.

-Podemos dizer que cada um de nós tem seus programas da madrugada, querida esposa.-Respondeu, pretensioso, antes de deitar a cabeça no encosto do sofá.-Ouvi alguns rumores sobre atividades recentes de comensais da morte. E o desaparecimento de um trouxa, o coveiro de um cemitério há algumas cidades daqui.

-Acha que Pettgrew está procurando Voldemort?

O pocionista mirou intensamente nas orbes azuis de sua esposa. Ela estava preocupada. Realmente tensa.

-Tenho certeza de que ele encontrou... E tudo o que está esperando é o momento certo para atacar.

A mulher deu um suspiro tão pesado que Snape sentou seu coração apertar.

-Acha que Harry ficaria feliz se Remus e Sirius viessem ao baile de inverno?

-Tenho certeza disso. Também tenho certeza de que se pegar Peter... Vai se tornar a nova inimiga número um de Voldemort.

-Então estaremos empatados.-Os olhos azuis brilharam intensamente.-Ele é meu inimigo número um. Afinal... Ele está tendo a audácia de ameaçar minha família.

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Severus não gostava de bailes. Na verdade, sempre arrumava uma desculpa esfarrapada para fugir de Minerva e Alvo, consequentemente escapando dos eventos.

Mas aquela não era uma noite comum. Ele estaria acompanhado de sua esposa, queria ver os vestidos das meninas, e queria apreciar aquela careta indignada de Sirius Black, sempre que ele via sua mulher.

Os três homens, Snape, Lupin e Black, estavam.na companhia de Igor Karkaroff, Alvo Dumbledore e Minerva McGonnagal.

Severus foi o primeiro a ver aquela alemã com aquele vestido divertido. Claro que sua esposa não colocaria aqueles vestidos pomposos. Ele já havia visto Gina. Apenas Hermione ainda era um mistério.

-Você viu como Gina está linda?-Questionou, enquanto arrumava o paletó de couro do marido.-Eu sou um gênio, como você fica gostoso usando couro. E o corte desse smoking... Perfeito. Agora suba essas mangas. Estou com aflição disso até os punhos.

-Sim senhora, mi Lady.

A alemã cumprimentou aos outros, antes de pegar uma dose assustadora de Hidromel.

-Tem de ver Hermione. Ela está tão linda, amor.

-Não duvido de você. Gina também está uma graça. Tirou fotos das meninas? Molly vai adorar.

-Claro! Não me tome por tola. Elas estão maravilhosas. Ah, eu quero vê-la descer as escadas.

Do jeito que surgiu, a loira se foi, ansiosa, com a câmera conjurada em mãos. Snape se permitiu sorrir para sua esposa.

-Eu não sabia que era casado, Severus.

A voz de Karkaroff atrapalhou seus pensamentos, fazendo-o voltar a ficar sério. Estava entrando em terreno perigoso.

-Quase ninguém sabe. Me casei aos 20 anos, e nós dois não temos uma relação muito comum.

-Mas o casamento sequer chegou a ser noticiado?

-Não. Nos casamos em Las Vegas.

-E passaram a lua de mel onde?-Provocou Sirius, avistando Harry e sua acompanhante.-Nas catacumbas da França?

-Comemoramos em um cassino com strippers. Depois fomos para uma ilha particular nas Maldivas.

-Passar o dia todo com a esposa de biquíni.

Brincou o Animago.

-Nua, Black. Minha esposa não tem esses puritanismos.-O animago arregaloubos olhos, fazendo o pocionista dar um largo sorriso de deboche.-Viva a Alemanha.

Um copo mediano foi parar em sua mão esquerda, enquanto a esposa se apoiava no lado direito de seu corpo. Se deu, por um momento, o direito de apoiar a mão na leve curvatura no quadril da mulher. Os dois brindatam os copos com uma dose generosa de Hidromel e cerejas em calda.

-Viva a Las Vegas... E suas boates recheadas de belas strippers.

Sob o olhar incrédulo de todos, o casal virou a dose de uma das bebidas mais fortes que já haviam provado, antes dos copos retornarem ao bar. Severus se viu preso as orbes azuis de sua esposa, e não foi lá muito sutil em beija-la de forma ardente.

-Vamos dançar, Mien Freiheit.

A mulher retribuiu com um sorriso malicioso, claramente indicando que a dança era apenas o começo de toda a diversão do baile.

-Quer conduzir desta vez, Mein Schwarzer Engel?

-Talvez na primeira rodada.

-E as seguintes?

-Perfeitamente discutíveis.

Filhos da RebeldiaOnde histórias criam vida. Descubra agora