A Ordem da Fênix

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Dominic permaneceu deitada na cama, ouvindo o marido se mover pelo quarto. Estava pensando seriamente em aplicar a Dumbledore o mesmo susto que dera em Voldemort. Claro que Severus ficaria chateado. Mas não era um problema com o qual não poderia lidar.

-Você está bufando.-Arqueou a sobrancelha, sem abrir os olhos. Severus deixou de escolher a roupa, indo se deitar sobre a esposa, ganhando uma risada.-Deixe de ser mau-humorada!

-Você vai me esmagar!-Rebateu, abrindo as orbes azuis, olhando diretamente para as ônix do marido.-Marido mau.

-Me amaria se eu fosse bonzinho?

-Claro que não! Se eu quisesse um marido bonzinho me casaria com um lobisomem apaixonado. Então temos um jantar na Ordem?

-Temos um Jantar na Ordem, eu tenho uma reunião tediosa e você vai ter de controlar os ânimos adolescentes.

-Gosto das crianças, mas ninguém está autorizado a chegar perto do meu Dragão.

Snape rolou para o lado, rindo abertamente, enquanto assistia a esposa ir se arrumar.

-E ainda diz que não sabe porquê Narcisa morre de ciúme de você.

•~♤~•

-Você realmente precisava vir tão linda para esse jantar? Você nem queria vir!

A loira sorriu, se abraçando mais ao marido, deixando uma marca de batom seu rosto.

-Estou bonita, amor?

-Deslumbrante. Sabe como eu acho extremamente sexy esses decotes que mostram seus ombros, sem mostrar os seios. Fica um tanto... Misterioso.

Ela voltou a rir baixinho, e os dois adentraram Grimmauld Place. Severus também estava bonito. Uma calça de sarja verde militar, uma camiseta negra de mangas arregaçadas e coturnos. Seus cabelos negros estavam amarrados em um rabo de cavalo e a esposa havia melhorado a aparência de seu nariz com um tanto de maquiagem. Mesmo que ela achasse um absurdo, pois o achava charmoso.

-Tia Dominic!

Gina e Hermione correram escada abaixo. A loira abriu um sorriso, largando seu marido na sala se jantar, indo abraçar as meninas. Draco ficou escondido atrás do padrinho, sem saber o que fazer, ou como agir.

-Vá com sua madrinha.-Falou o pocionista, retirando o casaco.-Sabe que nada representa perigo pra você. Não enquanto ela estiver perto.

-Não quero criar intrigas, padrinho...

-Então lembre que não precisa agir como o bastardo momento que sua mãe pensa que criou. Seja o menino adorável que Dominic o ensinou  ser desde bebê.

O loiro acenou positivamente, antes de correr até uma senhora Weasley, que estava se desequilibrando com a grande travessa de cobre.

-Espere, Senhora Weasley!-Retirou o objeto extremamente das mãos da ruiva, colocando-o sobre o balcão.-Deixe-me ajudá-la.

-Oh! Suas mãos, querido!

-Não se preocupe.-Mostrou as palmas para a matrona.-Nenhum vermelho. Do que precisa, Senhora Weasley?

-Mãe! Cheguei! Quer ajuda na cozinha?-O ser estancou no batente, arregalando os olhos para a figura que acompanhava sua mãe.-Oi... Charles Weasley.

-Draco M... Miller. Prazer.

•~♤~•

Hermione sorriu quando viu aquela mulher alta adentrar seu quarto. Os adolescentes já haviam sido mandados para a cama, e Gina dormia pesado na cama ao lado. Um feitiço de silêncio foi lançado sobre sua cama, e a loira se sentou na beirada.

-Qual é o problema, minha flor?-Pediu, mexendo em seus cachinhos armados.-Você está tão marchinha.

-Estava pensando nos meus pais, Dominic... Preciso dar um jeito de mantê-los seguros... Sabe... Quando a guerra explodir.

-Não canse essa cabecinha brilhante com isso.-A menina ganhou um beijo suave na testa.-Vou tentar pensar em algo para te ajudar, certo?-A menina sorriu, acenando positivamente.-Agora vá dormir. Boa noite, querida.

-Boa noite, Dominic.

A loira deixou o quarto, seguindo para o seguinte. Os rapazes estavam jogando xadrez de bruxo, ao que parecia. Charles e Draco estavam afastados, conversando sobre dragões. Todos viram a simpática figura adentrar o cômodo, se sentando no braço da poltrona do filho.

-Com licença.-O ruivo sorriu para a mulher, acenando positivamente.-Draco, seu padrinho e eu vamos embora.-O rapaz fez um muxoxo para a madrinha.-Mas... Se Charles me prometer ser responsável por você, mando sua mochila amanhã cedo pela minha coruja.

-Claro, Senhora Miller. Eu fico responsável.

A resposta veio mais rápido do que o ruivo esperava, o que o fez corar. Dominic abriu um sorriso, beijando a testa do homem, antes de fazer o mesmo com o afiliado, lhe dando um apertado abraço.

-Boa noite, Madrinha.

-Durma bem, querido. Crianças.

Se despediu, encontrando o marido no andar de baixo, onde rumaram para casa.

Severus se largou na cama, já completamente nu, e ficou assistindo sua esposa se desproduzir. Pegou sua câmera bruxa, e tirou a foto pelo reflexo de espelho, sem ser visto por ela. Estava observando a foto terminar de estar totalmente revelada, quando a sentiu se deitar também,  apoiada em seu ombro.

-Que foto linda, amor.

-A modelo é linda.- Rebateu, enquanto beijava o rosto da esposa.-A foto ao fica feia quando o fotógrafo é realmente ruim de serviço.

-Então o meu é excepcional.-Devolveu a loira, antes de de deitar no próprio travesseiro.-Sev... Não existe nenhuma poção?

-Várias. Nenhuma segura o suficiente para arriscar a sua vida. Além disso... Belladonna é um abortivo externamente potente.

-Eu posso não tomar.

-Eu não posso ver você com dor, Dominic!-O pocionista se sentou na cama, aparentemente furioso.-Eu não consigo ver você sofrer daquele jeito. A primeira experiência foi o suficiente para ficar de olho nas suas crises.

-Você não precisa se exaltar por isso. Já sei que tem medo das minhas crises se enxaqueca. Mas isso não é um fator que vai me impedir de ter um bebê.-O homem se empertigou, antes de levantar da cama, indo buscar um copo de água.-Acha mesmo que as poções não são seguras?

-Tenho certeza. Gravidez bruxa indusida dificilmente tem um bom resultado. Os ingredientes podem, na melhor das hipóteses, te colocar em repouso absoluto.

-E na pior das hipóteses?

-O feto crescer morto dentro de você... E te matar na hora da concepção. Podem haver deformações... As poções só geram crias perfeitas quando ambos pais são sangue-puro. Não sei a razão disso. Mas vi vários casos na época da especialização.

-Bom... Sangue-Puro nenhum de nós é. Mas acha que não consegue adaptar a receita?-O homem abaixou o olhar, voltando a sentar na cama. Logo tinha a esposa em seu colo. -Eu sou casada com o maior pocionista da Europa. Vamos amor, não precisa ser uma poção. E se tentarmos um chá com algumas ervas que estimulam a fertilidade?

-Sabe o que essas ervas vão fazer com a sua líbido?-O homem arregalou Os olhos negros, e sua esposa abriu um grande sorriso safado.-Vai precisar de mim, e mais quatro amantes para dar um jeito em você.

-Ou meu marido fingidamente púdico pode dar um gole no meu chá.

-Vou fazer seu chá. Vai tomar a primeira dose amanhã cedo, Senhora Prince.

Filhos da RebeldiaOnde histórias criam vida. Descubra agora