Draco tirou o dia para chorar agarrado com a cintura de sua mãe postiça. Narcisa estava escondida na Mansão Malfoy, e Lucius preso em Azkaban. Então o loirinho decidiu se esconder ali, nas cobertas, roubando o lado da cama que pertencia ao padrinho.
O rosto aristocrático estava escondido no seio maternal, enquanto as mãos acarinhavam seus cabelos e costas.
-Está tudo bem, Dragão. Mamãe está aqui.
-Eu não quero ser um assassino, mãe...
-E não vai ser, meu Dragão.-Os olhos brancos se acenderam, antes de ficar completamente negros.-Mamãe promete.
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A risada insana da tia estava ressoando em sua cabeça. Ele tinha a varinha apontada para Alvo Dumbledore.
Fenrir, Mulciber, Goyle pai, Crabbe pai, Rodolphus e Rabastan eram sua platéia. Sua mãe não cumpriu a promessa. Ele seria um assassino.
-Dominic, por favor... Severus...
A voz do mago idoso soou. Seu padrinho surgiu ao seu lado, com a varinha em punho, já com o feitiço brilhando.
-Não pense que irei ao seu funeral, Dumbledore.
Não só Alvo, como a maioria dos comensais no castelo caiu morto, o que incluia os irmãos Lestrange, o que fez Bellatrix fugir espumando de ódio e desejo de vingança contra a mulher gargalhava em meio aos corpos.
-Vamos para casa, meus amores.-Ela tocou o rosto dos dois, abraçando o mais jovem e beijando o rosto do marido. Então lançou um olhar de profundo desprezo ao velho bruxo.-Não há mais nada para nós aqui. Não por hora. Ah, Harry Potter.-O garoto gelou.-Vá até Poppy. Há uma poção do Sono sem Sonho pra você na enfermaria, querido.
E pela lareira da sala do diretor eles se foram do castelo, pouco antes das proteções acordarem a todo o corpo docente.
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Severus assistia o afiliado chorar de forma compulsiva no colo de sua esposa. Via o brilho de dor nos olhos da loira, que consolava o menino com calma, conversando baixinho e acarinhado os cabelos platinados.
-Está tudo bem, meu príncipe.-O menino soluçou.-Mamãe está aqui. Quer dormir? Ou quer ficar no ateliê com a mamãe?
-Do-dormir...
Ela o levou para o quarto, e esperou o menino dormir. Depois de conseguir acomodar o garoto, se foi para o próprio quarto.
Encontrou seu marido deitado na cama. Já estava de samba canção, e observava o teto. Apenas removeu as roupas, sem se preocupar com camisolas ou pijamas, e se deitou sob as cobertas também.
-Precisa de um colo para chorar? Seu afiliado não é o único com esse direito.
Os olhos negros foram para o rosto da loira, antes de um sorriso tímido nascer nos lábios finos e pouco definidos.
- Não quero chorar, Dom. Na verdade... Eu estou... Aliviado.
-Agora sim está falando como meu marido.-O pocionista sorriu, se escondendo nos seios da esposa.-Vou buscar Hermione na estação amanhã.
- Você não queria só um filho?
-Já estamos indo pro terceiro. Melhor ficar mais esperto papai.
-Como queira, esposa.
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Hermione ficou aliviada quando viu a loira em pé na estação. Se despediu rápido dos amigos, antes de correr para ela.
Dominic deu um abraço forte na menina, aconchegando-a em seu peito.
-Olá, querida. Vamos pra casa almoçar? Eu fiz Sev cozinhar para nós quatro.
-Sim!-Ela se apertou mais contra o aconchego.-Obrigada, tia Dominic.
-Disponha, meu amor. Disponha.
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Severus terminou de arrumar a mesa, ouvindo as risadas na porta da frente. Ele havia tirado Draco da cama, mas o menino estava deitado no sofá, febril.
-Bom dia, Hermione.-O pocionista ficou mais do que surpreso quando a menina o abraçou pelo quadril. Acariciou os desordenados cachos castanhos.-Dom, pode ir ver o Draco?-A loira foi mais que depressa atrás de seu filhote.-Como foi a viagem?
-Uma droga... Harry não quis falar nada sobre o que aconteceu, e Ronald veio nos pressionando de Hogwarts até aqui... Eu nunca quis tanto azarar meu melhor amigo.
-Deveria ter azarado. Ele tem de aprender que não pode pressionar você para absolutamente nada. Mas se ele fizer outra vez eu mesmo vou azara-lo.
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Depois do jantar, Hermione e Draco foram dormir, o rapaz já medicado. Severus se largou em sua poltrona favorita, antes de receber a esposa no colo.
Escondeu o rosto no pescoço fino, marcando bem o perfume da mulher. Aproveitou para deslizar as mãos por onde alcançasse do corpo feminino, ouvindo-a rir baixinho.
-Vamos nos preocupar com as consequências agora?
Pediu baixinho, o que a fez parar se rir e fazê-lo olhar nas orbes azuis.
-Não vamos nos preocupar com nada. Vamos lidar com elas quando chegarem. Sofrer por antecedência é coisa de gente certinha.
-Sabe, Dom... Eu estava pensando... Passei tanto tempo ouvindo todos reclamarem do casamento... Acho que o problema deles é o cartório.-A loira arqueou a sobrancelha.-Nunca fiquei tão feliz na vida quanto no dia daquela ressaca desgraçada em Las Vegas.
Uma gargalhada sonora tomou conta dos dois, antes que Snape ganhasse um carinhoso beijo da esposa.
-Eu tenho um novo dia favorito... Hoje foi nosso primeiro almoço em família.
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Filhos da Rebeldia
Fanfiction"Seja perfeito e faça sempre o que esperam de você... Ou seja um imperfeito Rebelde."