Segunda-feira, 26 de junho de 2017
Minha última semana de aula começou comigo acordando com o som irritante do meu despertador, já estou passada em quase todas as matérias exceto duas que tem a última prova ainda no decorrer dessa semana, mas hoje não tem nada importante então a preguiça para sair da cama foi grande. Minha mãe teve que me chamar uma três vezes antes deu finalmente levantar e me arrumar correndo, só não me atrasei porque como sempre fui para escola com ela.
A carta de Berkeley chegou sexta-feira mas eu ainda não tive coragem de abrir, ela está dentro da minha mochila e no momento estou tentada a finalmente ver seu conteúdo, o professor deu uma atividade para ajudar quem está precisando de nota e quem já está passado ele disse para fazer qualquer coisa desde que seja em silêncio, então tem algumas pessoas mexendo no celular, outras lendo um livro e a maioria dormindo.
Resolvi que é hora de parar de adiar isso então abri minha mochila e peguei a carta, com o envelope em mãos ainda demorei alguns segundos para finalmente arrumar a coragem de abrir e respirei fundo antes de ler, um tremendo alívio me invadindo vendo que eu fui aceita e eu tendo que me impedir de praticamente gritar de felicidade, o enorme sorriso que tomou conta dos meus lábios teve que ser o suficiente para demostrar o quão feliz estou.
Precisando compartilhar a minha alegria eu mandei uma mensagem para Elyza contando a novidade, infelizmente ela não me respondeu, deve estar ocupada trabalhando. Meia hora depois o professor anunciou o final da aula nos liberando para o almoço e eu sai da sala ainda com um enorme sorriso no rosto, estava a caminho do refeitório quando recebi uma mensagem da Elyza dizendo para mim ir até o estacionamento, meu sorriso se alargando mais ainda sabendo que ela veio até aqui.
Quando cheguei no estacionamento não demorei a encontra-la a alguns metros de mim do lado da sua moto, ela vestindo preto da cabeça aos pés e isso incluindo uma das suas adoradas jaquetas de couro, fechei a distância entre nós a passos largos e pulei em seus braços quando estava perto o suficiente, sua risada preenchendo os meus ouvidos enquanto ela me levantava alguns centímetros do chão com seus braços ao redor da minha cintura.
Prendi meu olhar no seu assim que meus pés voltaram a tocar no asfalto vendo um lindo sorriso ainda nos seus lábios e não conseguindo me conter cobri sua boca com a minha, ela imediatamente correspondeu o beijo e o aprofundou pedindo passagem com a sua língua, seu beijo como sempre tirando minha sanidade e meu ar então infelizmente precisei separar nossos lábios.
-O que você veio fazer aqui?
-Minha garota foi aceita na universidade e você achou mesmo que eu não viria dar os parabéns pessoalmente? - Impossível não se apaixonar por essa mulher, especialmente depois de descobrir o quão fofa ela pode ser. -Parabéns princesa. - Sim ela voltou com o apelido, mas eu não me importo mais, na verdade até gosto.
-Obrigada. - Ela me deu um beijo rápido, antes de me soltar e pegar os capacetes em cima da moto.
-Vamos, eu vou te levar para almoçar e depois te trago de volta. - Nem pensei em recusar.
Fomos para um restaurante não muito longe da escola e o garçom não demorou a nos atender, depois que ele anotou nossos pedidos voltamos a ficar sozinhas e eu percebi a Elyza ficar um pouco nervosa.
-Está tudo bem?
-Sim. - Respondeu rapidamente e entrelaçou nossas mãos em cima da mesa. -Eu também tenho uma novidade.
-Ok. - Não tenho a menor ideia do que ela tem para me contar.
-Desde que tivemos aquela conversa sobre como vamos ficar depois que você for para universidade eu comecei a pensar em uma coisa, como ganho porcentagem em cima de cada camisa que a marca dos meus pais vende com os meus desenhos tenho dinheiro mais do que suficiente para abrir meu próprio estúdio de tatuagem, estou sempre adiando fazer isso porque a concorrência em Los Angeles não é fácil...
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Having you is more than enough
RomanceComo toda a adolescente que está no último ano do colegial e tem problemas em casa, tudo que a Alicia queria fazer era se formar logo e ir para uma universidade no mínimo em outra cidade, sair de Los Angeles e ficar em paz, sozinha sem ter que lidar...