25-Sinal de Resgate e Civilização

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Cassandra POv's

Falta exatos seis dias para completar um mês que estamos aqui, nesse ritmo logo serão dois, três , um ano, eu não quero passar o resto da minha diva aqui, eu não quero ter que viver a base de cocos e bananas, rezando para que não chova.

Quero poder sair, encontrar pessoas, usar um celular, zerar meu cartão e tomar quantos cappuccinos eu quiser, mas pelo jeito ta difícil.

Eu não consegui ficar muito tempo deitada, depois que voltamos com Steve para o acampamento, ninguém mais conversou muito, a morena voltou a se isolar e se concentrar no seu projeto, Daniel só falta estender um tapete para a Cariba poder pisar, eu sinto que to sobrando, que falta o Cameron me faz.

Sai para caminhar ainda pela manhã, os outros ainda estavam deitados, então aproveitei o tempo para ficar sozinha enquanto lamentava não ter uma caixa de pizza para mim poder devorar sozinha.

O tempo tava ficando ainda mais feio, o vento tava forte demais, gelado demais, não dava para ficar sem casaco, se continuasse assim ele ia acabar carregando a gente.

-Mas que droga de lugar, eu nunca mais vou querer ver um praia na minha vida, férias agora, só no frio da Europa, e nunca mais ando de avião, quero a segurança da terra- Eu falava comigo mesma enquanto chutava a areia clara, estava prestes a voltar quando algo no horizonte me chamou a atenção, um ponto branco soltando fumaça, um navio, o socorro- Aqui!!! Pelos Céus Aqui! Socorro!!- Eu berrava feito uma louca mas não parecia fazer muito efeito.

Corri para o acampamento aflita, procurando qualquer coisa que fosse grande e chamativa o suficiente.

-Cassandra o que ta fazendo?- Cariba questiona ao me ver revirar as caixas desesperadas.

-Vocês não vão acreditar, tem um navio perto da ilha, precisamos fazer um sinal- Eu nem precisei terminar de falar, os quatro sairão correndo desesperados para a direção que apontei, Cariba gritava o máximo que seus pulmões permitiam, Daniel retirou a jaqueta vermelha e a amarrou na muleta acenando como uma bandeira, Steve subiu em uma pedra e começou a balançar duas folhas de palmeira que havia pego no chão.

-Aqui!- Ela gritava aflita- Aqui! Socorro!! Ajuda!!-

-Estamos aqui!! Precisamos de ajuda!!- Cariba berrava mas nada parecia fazer efeito, e para nossa tristeza o ponto branco foi diminuindo até sumir de vez.

-Droga- Lamento me jogando na areia, eu havia pulado feito doida, para no final continuar presa ali.

-Eu não acredito- Os olhos de Cariba se encheram de água- foi nossa única chance em um mês e agora se foi-

-Não estávamos prontos para isso, devíamos ter construído um sinal- Daniel esta frustrado e decepcionado.

- E se essa foi nossa última chance?- Pergunto tentando não surtar.

-Não- Cariba seca as lágrimas- Se um veio, outros virão-

-Não tem como saber Cariba- Steve comenta descendo desanimada da pedra- Faz um mês e isso foi o mais próximo que chegamos de uma resgate-

-Ta, mas outros podem aparecer, tempo que elaborar uma forma de...-

-Temos que criar um sina- Steve a interrompe- É o máximo que podemos fazer, criar algo que chame a atenção mesmo de longe-

-E se fizermos um sinal com fogo?- Daniel sugere- Tipo uma grande fogueira-

-Precarizamos de muitos galhos e lenha para criar algo dessa proporção, também vamos precisar de algo que possa fazer isso entrar em combustão imediata, para assim o fogo se alstrar logo e a fumaça vir em grande quantidade- Steve explica ao garoto que assente.

Resgate voo 29Onde histórias criam vida. Descubra agora