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─ Não vai entrar? ─ Perguntou ela apontando para a porta com dedão. Era estranho ouvir isso, mas eu não podia aceitar.
─ Não posso, Safaa está em minha casa.
─ Acho que ela é bem grandinha pra sobreviver a uma noite sozinha.
─ E você não é? ─ A questionei. Ela, que estava curvada na porta do táxi segurando-a pela borda para que não fechasse com os ventos frios que corriam por LA, deixou de me encarar e deu de ombros em seguida de uma porta batida com força. Virou de costas e foi entrando em casa passando as mãos pela parte de trás do cabelo.

Mulheres. Se tem uma coisa que eu não entendo, com certeza são elas!

─ Vai ficar? ─ Dessa vez o motorista com bigode branco e cabelo quase tão cinza quanto um céu em dia chuvoso, me perguntou com sua voz grossa.
─ Se eu ficar hoje ela vai querer me abraçar a dormir comigo, e se ela me tocar de algum jeito errado eu não vou deixa-la ir embora nunca mais.
─ ...Então é não. ─ Ele me respondeu um pouco cabisbaixo, trocou a marcha e pisou fundo no acelerador. Aquilo sim era uma despedida nada aceitável da continuação de sua promessa para mim. Mas sim, a resposta era não.

De apaixonado já resta eu.

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BJUS

Time to get MarriedOnde histórias criam vida. Descubra agora