Mudança

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─ Amor? ─ Perguntou Collin num murmúrio na esperança que eu despertasse, a cama foi afundada e aos poucos que abri os olhos tive a visão dele se sentando na ponta com uma caneca de café na mão. Fechei meus olhos novamente me recusando a acordar, mas Collin continuava a ali na expectativa de que eu levantasse.

─ Não Col! ─ Respondi fraco me tampando quase toda.

Um barulho forte da caneca acrílica sendo colocada no baú de madeira de frente a minha cama tomou minha atenção. Aos poucos o colchão se encheu novamente e os passos de Collin foram direcionados à longe. Deixei de sentir sua presença no quarto e um clima triste predominar.

─ Cooper! ─ Gritei ainda tampada no edredom. ─ Collin é sério. ─ E nada.

Levantei rápido enrolada no cobertor com preguiça de por qualquer roupa, e fui caminhando a procura de Collin com medo dele já ter ido pra casa.

Mas lá estava ele, sentado no sofá com o café da manhã todo pronto na mesa, porém, sem comer. Nem perto ele estava.

Cheguei por trás do sofá tacando o edredom por cima do mesmo e abracei sua cabeça escutando-o puxar um longo ar por susto.
─ Amor? ─ Perguntei sorrindo ao sentir seu rosto ser balançado de um lado pro outro em negação.
─ Pra você é Sr. Dono do universo.
─ Que bom que não é de mim.
─ Meu nome é Collin e não Christian Grey. ─ Ele puxa o cobertor e levanta o meu braço saindo de dentro de todo o grande pano branco. Sua tonalidade de voz era rouca e grossa, sem o tom docil de minutos atrás.

─ Pra que toda a comida? ─ O questinei me afastando, seguindo em direção a mesa em silêncio.
─ Porque hoje é nosso aniversário de namoro, queria tomar café com você antes de ir trabalhar. ─ Ele olha o relógio na parede e levanta pegando sua touca vermelha em cima da poltrona.

─ Amo você. ─ Ele disse parando na porta antes de sair de vez.
─ Também. ─ Respondi quase tão baixo quanto o som do assobio do vento que passava pela brecha da janela. Collin passa a língua nos lábios e ri ao me encarar.
─ "Também" nunca vai significar "eu te amo".

Ele estava certo, mas isso não quer dizer que eu não o amava. Queria dizer que eu não estava pronta o suficiente pra assumir a mim mesma que estava disposta novamente a me entregar a alguém. Da última vez não havia acontecido a melhor das coisas. Eu contia um medo extremo de minha história com ele viesse a acabar igual a com o Zayn.

Então eu olhei novamente a mesa, encontrei o bilhete ao lado de um buquê de tulipas e o abri. A borda era queimada e logo ia se tornando cinzas assim que eu passava meu polegar. Havia escrito:

"Não se obrigue a sentir algo, não quero a força de vontade, quero a verdade, quero ficar com você. Feliz aniversário de namoro."
- Topera Collin"

Ele me conhecia tão perfeitamente bem que sabia exatamente minha resposta e como me acalmar. Foi naquele dia que eu decidi não poupar-me de nada referente a Cooper.

Aprendi que não se poupa o amor.

"Também" nunca vai significar "eu te amo".Profundo hein??

Mais tarde tem mais att genteeey
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BJUUUS

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