Louis vai embora antes dos pais de Harry chegarem ao quarto. Esgueirou-se pelo corredor e pegou as escadas para evitar trombar com eles e Niall.
Os Styles haviam sido apresentados a Louis três meses atrás, em baile beneficente. No final das contas, os ricos realmente gostavam de uma oportunidade para se gabar do quanto haviam faturado desde o último baile.
A mãe de Louis não pode ir por conflito de agendas, pelo menos foi o que ele disse a todos com um sorriso falso e dedos segurando uma taça de champanhe, ambos sabiam a verdade, na verdade, todos pareciam saber, mas ninguém diz esse tipo na sua cara.
De qualquer forma, Louis tinha um convite e um Harry ansioso e com olhos pidões, ele não conseguiu negar. Sua mãe acha que foi por ela, que os dois estão voltando a ser uma família ou o mais próximo disso, pobre Johannah.
Fora Niall quem puxou Louis até os pais de Harry, apresentando-o como "Louis Tomlinson, meu melhor amigo da faculdade", eles automaticamente torceram o nariz ao ouvir o sobrenome Tomlinson.
Louis queria dizer que ele não é seu pai, ele não merece aquele escárnio que distribuem a ele sempre que seu nome é miseravelmente pronunciado. Mas tudo que disse foi "prazer em conhecê-los".
Se os pais de Harry já estão odiando-o por algo que ele não teve culpa, imagina se soubessem que os dois estão tendo um caso, eles com certeza arrancariam a cabeça de Louis.
Ele afasta a memória e passa os braços ao redor de si mesmo enquanto caminha de cabeça baixa até o carro velho e amarelo que ele orgulhosamente dirige.
Louis quer fumar no carro, mas Harry vai reclamar do cheiro, então ele liga os aquecedores e dirigi de volta ao seu dormitório, ansioso para que escureça logo e ele possa ir visitar Harry novamente.
As ruas estão vazias para a sorte de Louis, pois ele não está realmente prestando atenção.
O campus ainda dorme quando Louis estaciona na mesma vaga em que seu carro se encontrava antes de ele sair. Bate a porta com força e caminha apressadamente até o cúbico que ele chama de casa.
Não há nada que Louis vá conseguir fazer até ter certeza que Harry ainda é seu, ele considera ir a aula, para matar o tempo, mas apenas o deixaria estressado.
Ele resolve dormir, joga dois comprimidos na boca e se cobre até a cabeça, mergulhando em um sono sem sonhos.
Quando ele acorda, passa das três horas da tarde, muito tarde para o almoço e muito cedo para janta, o que significa que ele vai fumar.
Louis abre a janela, pega o maço, o isqueiro, sobe no parapeito, se senta, pega um cigarro, protege dos ventos, acende, traga.
E apenas volta para dentro do quarto quando está escuro o suficiente.
🥀
— Oi, meu nome é Louis Tomlinson e eu acho que esqueci meu celular aí — diz ele com a voz mais simpática que possui, sorrindo amarelo, mesmo que a recepcionista não posso vê-lo.
— Nenhum celular foi entregue a recepção hoje — diz ela calmamente —, o senho tem certeza que foi aqui que esqueceu?
— Tenho sim — diz Louis com um falso suspiro —, eu só fui ao hospital hoje, visitar um amigo, passei o dia estudando — explica com a voz cansada —, desculpa o incômodo, mas eu realmente preciso do celular.
A moça volta a insistir que não há nenhum celular perdido naquele hospital, e Louis diz que provavelmente seu amigo guardou.
— Posso passar e conferir rapidinho? — Pede Louis com a voz mais gentil que possui — você estaria me fazendo um favor tão grande.
— Ok, certo, mas só porque o horário de visitas acaba em cinco minutos.
Louis desliga o telefone público e atravessa a rua até o hospital, ele entra na recepção e sorri para a moça no balcão, explicando quem ele é sem parar de andar, já seguindo para o quarto de Harry.
Ele poderia ter economizado o valor da ligação, mas Louis não gosta de falar com as pessoas, principalmente desconhecidos.
— Sun? — Chama Louis abrindo a porta depois de bater de leve na porta.
— Louis, oi — murmura Harry sorrindo fraco —, não esperava que você fosse voltar hoje.
A porta é fechada com um rangido antes de Louis se aproximar da cama de Harry e ocupar a cadeira ao lado da cama, ele pega a mão do garoto e sorri para seus dedos juntos antes de erguer o olhar e responder.
— Fiquei com medo de trombar com seus pais — confessa Louis —, mas eu não conseguiria atravessar uma madrugada sem saber se você acredita em mim e que quer continuar com... você sabe.
— Eu acredito — diz Harry afagando os cabelos de Louis, um meio sorriso aparece timidamente em seu rosto e uma sombra de sua covinha pinta seu rosto —, decidi que vou ficar com você, depois de tudo que eu vi... — ele solta os cabelos de Louis e pega o celular embaixo de seu travesseiro.
Harry remexe o Iphone velho e trincado de Louis enquanto considera alguma coisa, ele faz uma careta quando mexe o braço machucado e Louis coloca sua mão sobre ele.
— Não faça esforço — adverte Louis suavemente, tão baixo que se eles não estivessem tão próximos, Harry não escutaria.
— Louis, quantas vezes eu já disse a você que te amo? — Pergunta Harry ainda encarando o celular — porque eu vi que eu disse isso a você na minha última mensagem.
Merda. Ele não quer falar sobre isso, mas como Louis vai desviar de um assunto assim? Harry está olhando para ele agora, Louis consegue sentir.
— Duas vezes — diz Louis levantando o olhar e se certificando de encarar com honestidade os olhos verdes-floresta de Harry —, uma vez ontem, antes de ir embora do meu quarto e hoje, por mensagem.
— Eu também sei porquê estava indo ver meus pais — diz Harry baixinho —, não acredito que eu estava prestes a enfrentá-los — continua ele sorrindo e balançando a cabeça negativamente —, eu devo mesmo amar você.
Louis passa a língua pelos lábios secos e os pressiona com força. Caralho, Harry ama ele e Louis ainda não se acostumou com essa ideia.
Ele sente a mão de Harry tocar seu rosto, as florestas o encaram com carinho por um longo segundo antes de se fecharem e Harry inclinar-se em direção a Louis.
Beijar Harry é uma das coisas que faz Louis insistir na relação deles. Porque não existe nada quando Louis fecha seus olhos e sente a língua de Harry abrindo seu lábios.
Ainda parece com a melhor coisa do mundo, familiar e deixa o estômago de Louis fundo, fazendo ele sentir em cada célula de seu corpo os efeitos do beijo de Harry Styles.
Os dois não falam mais nada depois disso, apenas aproveitam o tempo restante do horário de vistas.
A boca de Harry é curiosa em cima da de Louis e ele sente vontade de rir, porque é tão maravilhoso ter Harry ali. Talvez Louis esteja finalmente respirando, ainda não é o melhor ar, mas pelo menos ele está vivo.
Louis vai embora sorrindo naquela noite.
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oii, feliz ano novo!
a música de hoje é do foster the people sz, chama "i would do anything for you" e é um nene. obrigada por lerem minha história, ellipsism está crescendo tão rápido e eu to aaaaa
até ano que vem, xoxo, anna
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Ellipsism
FanfictionO namorado de seu melhor amigo. Seu amante. Harry Styles. [Ou onde Harry namora para agradar seus pais, ele e Louis têm sentimentos um pelo outro e nem tudo é tão fácil quanto parece.] {#1 em hbottom}