FIVE - don't cry, alright, oh, it's all gonna be alright

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Louis falta da faculdade no dia seguinte. Ele acorda cedo, toma banho no banheiro comunitário e veste seu melhor jeans com uma blusa amarela, o dia amanhecera frio, então ele coloca botas, elas estão no fundo do armário e uma pilha de sapatos cai quando Louis as puxa.

Enquanto caminha até seu carro, Louis fuma, mas não é um caminho tão longo e ele não quer chegar atrasado para buscar Harry, de modo que ele apaga o cigarro ainda pela metade.

Mesmo estando frio, ele abre os vidros do carro e canta uma música aleatória que está passando na rádio, ele sorri com a tranquilidade que as coisas são e passa a mão pela barba.

O estacionamento do hospital ainda está vazio em sua maior parte, de modo que ele consegue uma vaga boa. Louis estaciona e fecha os vidros, observa seu cabelo no retrovisor e sorri num misto de animação e esperança.

Ele tamborila os dedos no balcão da recepção enquanto espera seu nome ser anotado e a entrada liberada, quando a recepcionista diz que ele pode ir, Louis praticamente corre pelos corredores até o quarto de Harry, apenas quando para em frente à porta aberta, ele se lembra das flores.

Será que ele deveria ter levado mais flores para Harry?

Bom, agora é tarde demais, Louis terá de dar um buquê depois.

— Bom dia, sun — diz ele entrando no quarto depois de bater na porta para chamar a atenção —, está pronto?

— Estou sim — responde Harry sorrindo para ele.

O garoto está sentando na lateral da cama, com os pés suspensos e roupas casuais, seu cabelo cacheado está molhado e há uma pequena mala aos seus pés. Harry salta da cama e caminha até Louis, abraçando-o apertado. Seu braço direito está numa tipoia e ele solta um "ai" baixinho quando encosta com ele em Louis.

— A médica já assinou minha alta, já podemos ir — diz Harry ainda segurando Louis próximo de si —, você pode pegar minha mala? Meus pais exagerando na quantidade de coisas que vou precisar — diz Harry encarando a mala com uma leva irritação na voz.

Louis o beija suavemente antes de ir pegar a mala, Harry pede que ele também pegue as flores murchas na mesa de cabeceira e sorri animado quando Louis encosta a porta do quarto.

— Preciso passar na farmácia antes de irmos para casa — diz Harry arrumando o cabelo com a mão esquerda antes de pegar alguma coisa no bolso da calça —, essa aqui é a receita — diz ele entregando-a a Louis.

— São remédios pra caralho — comenta ele olhando por apenas um segundo antes de devolver a Harry —, quero só ver o trabalho que você vai me dar para tomar isso tudo — comenta ele segurando a porta da entrada do hospital para Harry passar.

— Boa sorte com isso — diz Harry rindo e caminhando ao lado de Louis até o carro amarelo e solitário. — Esse é seu carro? — Pergunta Harry e Louis acena confirmando.

Harry entra no carro lentamente por causa do braço e Louis joga a mala no banco traseiro antes de entrar no carro e bater a porta.

— Pode me ajudar com o cinto? — Pergunta Harry e Louis inclina-se para puxá-lo.

Eles não conversam no trajeto até a farmácia, é um caminho curto e Harry murmura baixinho uma música que toca na rádio, Louis gostaria que ele cantasse mais alto, porque sua voz é linda. Quando ele estaciona em frente à farmácia, espera Harry terminar de cantar antes de perguntar se o garoto vai descer com ele.

— Vou ficar aqui mesmo — responde Harry pegando a receita no bolso da calça —, você poderia pegar minha carteira? Está dentro da mala.

Louis puxa a mala e revira os bolsos até encontrar o que procura, Harry diz para ele pegar seu cartão de crédito prateado.

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