Casal grude

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Um momento inusitado que começou rápido demais. Ás vezes pode não passar de tesão do momento, mas se as duas partes estão dispostas, porque não?

É colega de trabalho? Sim. Ele tá na minha? Não sei, mas parece. Estou com medo de me foder lindamente outra vez? Sim, porque é inevitável o medo no meu caso. Benício não parece o mesmo cara que trabalha comigo? Definitivamente não. Afinal, quem é o Benício de verdade? Só abraçando essa "causa" pra saber.

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Viram a mudança sutil de assunto?

Tá provocando? Vou provocar só um pouco também.

— Pra ti não tem. Um enjoado, igual a você, não merece comer esse da embalagem amarela, com amendoim dentro, sente esse cheiro... — Abro a embalagem e aspiro. — Delícia... hummm

Mordo um canto da barra e ele chega mais perto de onde estou sentado, se arrastando com a cadeira da mesinha do computador. Finjo que a barra é a coisa mais gostosa daquele quarto e que não vou dividir com aquele insolente que desfaz das minhas coisas.

— Charles...

— Hummm, o sabor desse chocolate, Benício, dura um tempão na boca, delícia mesmo.

— Dura na boca?

— Muito... prova esse pedacinho aqui. — Tiro um pedacinho microscópico e ele abre sua boca maravilhosa. Faminto pensa que vou lhe dar, mas o engano e ele dá um tapa na minha coxa.

— Seu malvado.

— Que é? — Dou risada do jeito ansioso dele. Benício é comportado demais pra se jogar em cima de mim e tomar a barra de chocolate, mas não tira as mãos espalmadas em minhas coxas. Tenta morder outra vez. Lhe maltrato, ele aperta os músculos quase na minha virilha. Puta que tesão que eu tô.

— Me dá logo...

— O que, chato?

— Uma mordida... desse chocolate.

Levanto acima da minha cabeça e ele se põe de pé para me tomar a embalagem e quando o faz, me surpreende. Joga-a sobre a mesinha do computador e me derruba em sua cama. Na mesma agilidade eu o agarro e revido, alterando as posições, ele afasta as pernas e me prende ali, me olha e amassa meu peito com suas mãos... Vontade de beijar esse moleque...

— Quer me beijar? — Ele sussurra.

— Oh, pergunta besta.

A delícia de um beijo carente, faminto e apaixonado.

Poderia escrever um conto, uma poesia ou um romance somente sobre isso. O beijo dele é o tipo de beijo que dá tão certo, tudo é perfeito, tudo encaixa. O lábio inferior é mais carnudo, bom de mordiscar. A língua é atrevida, safada mesmo, oh linguinha vagabunda! O arfar, os suspiros, gemidos baixinhos, aquelas mãos ansiosas me apertando o peito com força, o quadril inquieto e as pernas que me enlaçam com posse. Isso tudo é um beijo de Benício.

Porque a pressa nesse momento? O sabor do beijo é adocicado, suas mordidas quase machucam e ele se esfrega em mim, estamos despertos e ambos podemos sentir. Ainda surpreso com a atitude sensual e um pouco atirada de um guri que imaginei que era muito comportado, só faz meu tesão subir como um termômetro ao medir o estado febril de um corpo. 

Um longo beijo termina com vários beijos curtos e suspiros dele. 

— Charles... — Ele remexe demais com seu corpo, sério, isso é uma "tortura". 

Amor BombomOnde histórias criam vida. Descubra agora